Policiais de UPP são atacados a tiros no 6º dia consecutivo

O comércio na favela fechou as portas por ordem de traficantes.

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Policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, foram atacados a tiros nesta quarta-feira. Este é o sexto dia consecutivo de confrontos na comunidade. Nesta terça, um morador morreu vítima de bala perdida. O corpo de Sebastião Sabino da Silva, conhecido como Tião das Frutas, está no Instituto Médico Legal (IML).

Segundo moradores, a maior parte da comunidade está às escuras, uma vez que técnicos da Light que fariam a substituição dos transformadores atingidos por tiros deixaram o local.

— Também não há coleta de lixo. Estamos sem serviços básicos aqui. Estamos com mais de vinte toneladas de lixo no Campo do Abóbora sem poder tirar, por causa da operação. A comunidade é que está sofrendo com isso — contou o presidente da associação de moradores do Jacarezinho, Leonardo Pimentel.

O comércio na favela fechou as portas por ordem de traficantes. O mesmo aconteceu com a estação de trem que corta a comunidade. Segundo a SuperVia, bandidos mandaram que os portões fossem fechados e, com medo, funcionários deixaram o local. Ainda de acordo com a concessionária, os trens do ramal Belford Roxo estão circulando normalmente, porém no Jacarezinho quem vai embarcar não paga a passagem por falta de gente nas bilheterias.

O ataque ocorreu, na localidade conhecida como CRJ. De acordo com a assessoria de imprensa das UPPs, houve confronto mas não há notícia de feridos.

Por causa da violência, 2.369 alunos ficaram sem aulas no Jacarezinho na manhã desta quarta. Segundo a Secretaria municipal de Educação, três escolas, quatro creches e dois Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs) suspenderam as aulas. A situação atinge também a comunidade vizinha, Manguinhos, onde um EDI, que atende 245 alunos, está sem funcionar.

Secretária pede que política de segurança seja reavaliada

A secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Teresa Bergher, divulgou nota sobre a situação no Jacarezinho. Ela faz um apelo ao governo estadual para que a política de segurança de enfrentamento nas comunidades seja reavaliada.

“Eu peço encarecidamente às autoridades do estado que reavaliem esta política que só mata inocentes. É incrível, parece que apenas os especialistas do estado em segurança pública ainda não perceberam que o enfrentamento não funciona, só gera carnificina e mais violência”, lamenta Teresa, que quer um encontro com o secretário Roberto Sá.

RedetvFonte: Jornal Extra

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