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Caso teve reviravolta: antes, polícia acreditava em tentativa de assalto.
Foi por pouco que Rojelson Santos Baptista, suspeito de matar a ex-namorada a golpes de faca na frente da filha dela, não teve pior sorte. Preso, ele foi salvo da fúria de moradores do Estácio, região central do Rio, que o apontavam como autor do crime. Minutos depois ao início da agressão, a Polícia Militar interveio e realizou a prisão.
O Capitão Edilton Bezerra participou da ação. Em entrevista, ele afirma que, se não fosse o trabalho da equipe, Rojelson poderia ter sido brutalmente agredido.
“Foi muito rápido. A gente estava do lado, praticamente por isso não chegou a ser tão ferido. Caso a polícia não chegasse, ele poderia morrer. Chegamos para garantir a integridade física do preso, que só teve algumas escoriações no rosto, no supercílio e na perna”, afirmou.
o caso sofreu uma reviravolta, como revelou o delegado titular da Divisão de Homicídios, Fábio Cardoso. Inicialmente, o caso havia sido considerado tentativa de assalto.
De acordo com Cardoso, um familiar da vítima reconheceu Rojelson como ex-companheiro de Christiane de Souza Andrade. Ela andava com a filha de 7 anos quando foi abordada. O relacionamento teria começado há cerca de três anos, mas Christiane teria terminado com ele, que, enciumado, se revoltou.
O militar do 4º BPM (São Cristóvão) afirma que a reação da população de realizar “justiça com as próprias mãos” poderia colocar toda a investigação a perder. Isto porque, já na delegacia, o suspeito confessou o crime.
“A gente sabe que, neste momento, como agentes garantidores da lei, temos que agir dentro da imparcialidade. Independente de ser o crime bárbaro que foi. Já a população trata com um lado emocionado. Se deixar, a coisa toma uma proporção maior e alguém acaba cometendo um crime, uma lesão corporal, um homicídio. Isso ia até dificultar a questão do esclarecimento, porque ele admitiu. Mas isto não é a solução. A solução é acreditar no trabalho da polícia”, afirma.
Fonte: G1
