O soldado, lotado no 34º BPM (Magé), atualmente afastado das ruas cumpre função na Diretoria Geral de Pessoal (GGP).


‘Minha vida está em risco’, diz PM que perdeu porte de arma após polêmica com ex-comandante no RJ.
O soldado, lotado no 34º BPM (Magé), mas atualmente afastado das ruas cumprindo função na Diretoria Geral de Pessoal (GGP), é conhecido por colecionar polêmicas, divulgadas em um canal que mantém no Youtube. Ele também é integrante do Movimento Brasil Livre (MBL).

Na ocasião, segundo consta no processo, Ibis resolveu atender Gabriel fora de seu gabinete, pois o soldado alegou que estava de bermuda e não poderia entrar na assembleia. Quando o oficial se encontrou com o youtuber, percebeu que, na verdade, ele queria fazer um vídeo para seu canal, questionando algumas atitudes do ex-comandante.
No vídeo, divulgado editado por Gabriel em seu canal (assista mais abaixo), ele pergunta se existe alguma “broderagem” entre o coronel e traficantes do Comando Vermelho (CV) do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio.
No processo do qual foi alvo, Gabriel respondeu por transgressão disciplinar de natureza grave. Assim que recebeu a notícia da perda do porte de arma, nesta quinta, o youtuber disse que está em processo de expulsão da PM porque questionou o ex-comandante da PM por ter ligação em áreas do CV.
“É chocante lutar contra a corrupção está (sic) me expulsando da @PMERJ. Vamos dar vazão ao caso, minha vida está em risco. Bandidos e comandantes da PM corruptos querem me matar“, ele criticou, pelo Twitter.
Com o caso à tona, a hahstag #somostodosgabrielmonteiro virou o assunto mais comentado da rede social.
“Meu amigo acaba de me mandar imagens do Comando Vermelho prometendo minha morte. A PMERJ tirou meu porte de armas, pois questionei coronéis de atos que os ligavam ao Comando Vermelho. A #somostodosgabrielmonteiro já está nos assuntos mais falados. Me ajude divulgando-a“, pediu.
“@wilsonwitzel isso está certo???“, postou, marcando o perfil do Twitter do governador. Ele também divulgou um vídeo comentando a decisão.
O coronel Ibis disse que questões internas das corporações militares não devem ser comentadas publicamente por seus agentes. O ex-comante, no entanto, reforçou que “de qualquer maneira, um policial que acusa o outro sem fundamento e materialidade, joga contra a memória e honra da corporação. Trata-se de uma ação leviana, descomprometida com o bem da instituição, em busca de holofotes em um ano eleitoral“.
“Nesses 33 anos de Polícia Militar, eu honrei a farda e aprendi que a corporação é um importante elemento de coesão social. Um policial precisa ser, acima de tudo, alguém que cuida da lei e da sociedade, não que a transgride para fins de projeção pessoal. O que torna essa profissão incompatível com qualquer tipo de desrespeito com relação ao outro. Acredito que o diálogo é um elemento fundamental para aproximar as pessoas. Nunca me neguei a dialogar na esfera pública de forma democrática e civilizada, como um bom policial deve fazer“, o coronel acrescentou.
Já a PM afirmou que “o referido soldado responde à Comissão de Revisão
Disciplinar procedimento interno previsto para avaliar conduta dos integrantes da corporação”.
“A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, como as demais instituições militares do país, tem como pilares os princípios da hierarquia e disciplina. Vale ressaltar que o rito do procedimento prevê a ampla defesa e o contraditório quanto às imputações de transgressões disciplinares nele contidas. Todas as garantias constitucionais são asseguradas aos integrantes da corporação, oficiais ou praças“, a Polícia Militar acrescentou, em nota.

Fonte: Jornal O Dia
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