Presidente da Câmara decide não levar ao plenário pedido de perda de mandato do deputado Alexandre Ramagem, o que gerou desconforto e críticas internas no partido.

Lideranças do Partido Liberal (PL) afirmaram ter sido pegas de surpresa com a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de não pautar no plenário o pedido de perda do mandato do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). O parlamentar é um dos principais nomes do bolsonarismo no Congresso Nacional e sua situação vinha sendo acompanhada de perto pela bancada da sigla.
Segundo dirigentes do PL, a expectativa era de que o tema fosse submetido à apreciação dos deputados, permitindo um posicionamento formal da Casa sobre o caso. A decisão de Hugo Motta, no entanto, foi interpretada como um movimento unilateral, sem diálogo prévio com as lideranças partidárias, o que ampliou o clima de insatisfação nos bastidores.
Internamente, parlamentares do PL avaliam que a não inclusão do pedido na pauta do plenário fragiliza o debate político e institucional sobre o mandato de Ramagem, além de gerar insegurança jurídica. Alguns deputados defendem que o assunto seja tratado com transparência e ampla discussão, enquanto outros veem a decisão como uma tentativa de reduzir tensões políticas no Legislativo.
Procurada, a presidência da Câmara não detalhou os motivos da decisão, limitando-se a afirmar que a condução da pauta segue critérios regimentais e avaliação política do momento. Já aliados de Ramagem consideram a medida um alívio, enquanto opositores avaliam que o tema ainda poderá voltar à agenda da Casa em um cenário político mais favorável.
O episódio reforça o ambiente de tensão no Congresso Nacional e expõe divergências entre a Mesa Diretora da Câmara e bancadas partidárias, especialmente em temas sensíveis que envolvem parlamentares ligados ao bolsonarismo.

Rede TV Mais A Notícia da sua cidade!
