PF mira grupo de comunicação comandado por políticos

Ao todo, foram expedidos 26 mandados judiciais, sendo cinco de prisão preventiva.

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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a Operação Miragem, que investiga um grupo de comunicação suspeito de ocultar políticos que têm foro privilegiado e são os reais proprietários de emissoras de televisão e rádio. Também há indícios de que eles cometeram irregularidades na exploração de serviços de radiodifusão, como falta de concessão, falsidade ideológica e uso de documentos faltos. Colaboram com as investigações a Procuradoria Regional da República e a Anatel.

Segundo a Constituição Federal, deputados e senadores não podem “firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público”. Ou seja, não podem ser donos de emissoras de rádio e TV.

Ao todo, estão sendo cumpridos 26 mandados judiciais, sendo 21 de busca e apreensão e cinco de prisão temporária nas cidades paulistas de São Paulo, Marília e Ribeirão Preto. Também há mandados para suspender o funcionamento de estações de rádio em Marília.

Contra um dos investigados, segundo a PF, há indícios de crime de evasão de divisas, por meio de empresas já envolvidas na Operação Lava Jato. O fato, porém, será “aprofundado”, de acordo com os investigadores.

Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, desenvolvimento clandestino de atividade de telecomunicação, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

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Fonte: Veja

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