OPERAÇÃO NO RIO: MARINHA TERÁ LANCHAS BLINDADAS E NAVIO COM RADAR PARA DETECTAR DIREÇÃO DOS TIROS

Operação autorizada pelo presidente Lula começou nesta segunda-feira e conta com 1.900 militares.

A Marinha empregará 120 meios, ou seja, material de transporte e suporte bélico, durante a operação de Garantia da Lei e Ordem (GLO) no Rio e em São Paulo. Entre as embarcações estão nove navios, incluindo dois navios-patrulha, quatro lanchas blindadas, quatro embarcações de casco-rígido, dois caminhões tanques e quatro veículo blindado de patrulha.

Um deles é o navio-patrulha Oceânico “Apa”, que está a caminho do Porto de Santos, em São Paulo. A embarcação pesa 2 mil toneladas e pode levar tripulação de até 125 homens. Mede 103,4 metros de comprimento e 11,4 m de largura. Possui radar de navegação de longo alcance e alça Optrônica, capaz de detectar a direção de tiros, integrado com câmera termográfica. Além disso, transporta até seis contêineres pesando 15 toneladas cada. Tem ainda duas embarcações de casco semirrígido, um tipo Interceptor, além de enfermaria com dez leitos e sala de cirurgia.

De armamentos, o navio possui um canhão MSI, duas metralhadoras M242 Bushmaster (espécie de canhão automático de 25mm que dispara balas de calibre .223), padrão utilizado pelos exércitos dos países que compõem a Otan), além de duas metralhadoras Browing (.50), capazes de derrubar um helicóptero. A estrutura de fiscalização dos portos conta ainda com o apoio de tropas de fuzileiros navais (FN) em ações como revista de pessoal e repressão a delito. Para isso, a Marinha utilizará quatro lanchas blindadas.

A atuação da Marinha na GLO não abrange a costa do Complexo da Maré, que beira a Baía de Guanabara. O vice-almirante Renato Ferreira explicou que a região onde militares atuarão forma uma área que impossibilita cruzar a Baía sem passar pelo monitoramento.

Nossa operação será calcada na inteligência, que nos indicará onde temos que atuar. Podemos atuar ainda nas barcas se elas estiverem na área delimitada e recebermos alguma informação para operar disse Ferreira.

Além dos militares, participam da ação a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal e o Porto do Rio. Representantes das instituições se reunirão periodicamente para traçar estratégias. O vice-almirante ainda destacou que os militares estão aptos e prontos para confronto com criminosos caso seja necessário.

O importante é saber a hora de usar a força total, a hora de usar ela controlada ou quando não precisa usar. É a repetição do patrulhamento que inibe qualquer tipo de ação. Isso vai funcionar nos portos e nas áreas marítimas da poligonal do porto organizado. A Marinha está empregando 1 .900 militares e 120 meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais. No Rio de Janeiro existe a maior concentração, nós colocamos aqui um batalhão e alguns navios de patrulha e avisos de patrulha na Baía de Guanabara.

Redução de crimes nas rodovias
 
O superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Rio Vitor Almada detalhou ainda que após o início do reforço do patrulhamento nas estradas do estado, os números de roubo de carga e outros correlacionados reduziram em 40%, comparados a média dos últimos 12 meses. Também na Força Tarefa, a Receita Federal diz que a operação não implica necessariamente em mais vistorias em containers que chegam e partem do Rio.

O nosso intuito também é garantir a fluidez do comércio. É que o combate ao tráfico de drogas e armas, o combate ao crime organizado, não prejudique a fluidez do comércio exterior. A gente tem que atuar na gestão de risco com inteligência e nessa cooperação para fortalecer o Estado contra o crime organizado disse Claudiney dos Santos, superintendente da Receita no Rio.

Além disso, verifique

MUNICÍPIOS DO RJ TEMEM QUEDA NO ROYALTIES APÓS INCÊNDIO E INTERDIÇÃO NA BACIA DE CAMPOS

Com interdição da P-53 e incêndio na Cherne 1, municípios da Bacia de Campos projetam …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *