OPERAÇÃO MIRA ESQUEMA DE PROPINA NA EMPRESA DE TRÂNSITO DE NITERÓI

Segundo a Draco, inspetores são acusados de praticar extorsões contra centenas de motoristas de vans.

O inspetor-chefe dos Transportes de Niterói é alvo nesta quinta-feira (17) de uma operação da Polícia Civil do RJ contra um suposto esquema de propina envolvendo motoristas de vans que movimentava R$ 40 mil por mês. Mais de 100 condutores estão entre as vítimas.

Na casa de Wagner Pereira dos Santos, policiais encontraram R$ 400 mil guardados em um cofre, uma arma de air-soft, um distintivo não regulamentado — mas semelhante aos das polícias — e um colete. Segundo as investigações, esses acessórios eram usados para intimidar os motoristas.

Wagner se gabava em grupos nas redes sociais. A polícia encontrou nas investigações uma foto em que o inspetor-chefe faz uma careta com um maço de dinheiro.

A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) cumpriu 8 mandados de busca e apreensão contra Wagner e outros investigados, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Niterói. Não houve prisões.     

Como é o esquema
 
As investigações começaram com uma denúncia anônima sobre a cobrança de propina para que vans pudessem estacionar no entorno do Terminal Rodoviário João Goulart, no Centro, sem o risco de serem multadas.

Ao longo da apuração, os próprios servidores expuseram o esquema e dizem que os inspetores normalmente extorquiam dos motoristas às sextas-feiras.

Os funcionários ainda afirmaram que Wagner assediava mulheres dentro da repartição.

“Estamos falando de forma ampla [de crime]. Ele optou por esse caminho, e a polícia e Judiciário os punirão de acordo com a lei. Ouvimos funcionários da prefeitura que corroboraram com as informações da extorsão”, destacou o delegado André Neves.

Ainda de acordo com as investigações, os pagamentos variavam entre R$ 30 e R$ 100 por semana e por motorista.

“A orientação para as vítimas desses agentes é procurar a Draco, que o caso está sob sigilo. Isso vai ajudar a identificar outros atores desse esquema criminoso”.

O que dizem os envolvidos
 
Em nota, a Prefeitura de Niterói disse não tolerar esse tipo de postura e estar à disposição para colaborar com as investigações.

“O funcionário, que é servidor concursado desde 2005, será afastado imediatamente da função que exerce a contar de hoje no Diário Oficial.”

“Também será aberta uma sindicância interna, para apurar as denúncias que, se confirmadas, resultarão na demissão do servidor e eventuais outros envolvidos”, emendou.

A prefeitura esclareceu ainda que a Nittrans cuida da fluidez do trânsito e não multa. Infrações ficam a cargo da Subsecretaria de Trânsito, onde Wagner era lotado,

Wagner não quis dar declarações.

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