‘O Carnaval é a maior caricatura Na folia, o povo esquece a amargura’

“A praça Paulo Terra é do Povo, como céu é do Condor.”

folia

Medeiros]
Por Sebastião Medeiros

EU APOIO CARNAVAL E CIRCO! Nesse caso, a ordem dos fatores não altera o produto. Sabemos que o carnaval é considerado uma manifestação popular mais representativa do mundo. No Brasil é a maior festa popular. A festa acontece durante os quatro dias que precedem a quarta–feira de cinzas, que tem esse nome, devido as cinzas usadas para benzer os fiéis no início da quaresma.

Sabemos, também, que em 1890, uma guerreira mulher, Chiquinha Gonzaga, compôs a primeira música para o Carnaval: “Ô Abre Alas!”. Naqueles tempos os foliões frequentavam os bailes, fantasiados de máscaras e trajes, inspirados nos bailes Parisienses. Aquelas fantasias fazem sucesso até hoje: Pierrô, Arlequim, Colombina e Clóvis (Palhaços). Nossa criatividade incorporou outras: Piratas, Havaianas, Diabas e até Japonês da Federal. Além de Rico, pagando alto por fantasia de qualquer personagem da Ala da Comunidade, junto com os irmãos da Classe F (Ferrada por eles). Cantando: “Diga espelho meu, se há alguém na avenida mais feliz que eu?” Ilusão, paixão de Carnaval.

Sabemos, ainda, que a primeira Escola de Samba, “Deixa Falar”, surgiu no Rio de Janeiro. Além, dos desfiles das Escolas, acontecem desfiles de blocos, bandas, grupo de “sujos”, homens de saias e mulheres barbudas, dançando pelas ruas, se divertindo – sem competição. Eu plagio Elza Soares: “quem não gosta de samba é ruim da cabeça ou, doente do pé.” Curto e compartilho samba e carnaval.

Não apoio Show com cantores de cachê$ astronômico$ nas Praças, durante o carnaval. Nem Caetano apoia, pois, ele canta que a Praça é do Povo. E, eu digo que o carnaval é do povo, com o povo e para o povo e, que as pessoas vão às ruas para verem e serem vistas, curtir e “selfiar” e, assim me leva.

Então, porque será que estão fazendo Shows caríssimo$, na Praça Paulo Terra, em plena noite de carnaval? Eu, ainda não entendi a razão? Talvez, concorrência entre eventos das duas Praças. Será?

Esses Shows, patrocinados pelo desgoverno, utilizam recursos financeiros que poderiam ser melhor aplicados na Educação (Qualificação de mão-de-obra) e na Saúde (Moribunda, quase terminal).

O Trem de Guapi está descarrilhando, pegou o enredo errado e desafinou no samba. Se não tem te fantasia, por favor, coloque a sua carapuça, bata palmas, finge que é Turista: Yes, “cáipíria” is good!

Bem, chega de CIRCO. Queremos PÃO! Cadê o pão nosso de cada dia? O gato comeu? Cadê o gato?

EU APOIO PÃO = EMPREGO, TRABALHO E SALÁRIOS EM DIA. Nesse caso, a ordem altera o produto. Nero, Imperador de Roma, loucamente polêmico, construiu o Coliseu, onde o Circo acontecia, com homens e animais se digladiando até a morte, de qualquer um dos competidores. Enquanto isso, era distribuído o PÃO ao povo, que ensandecido assistia ao CIRCO = CARNAVAL.

panelaço

E, agora Nero? Continuamos plateia de um Circo de mutretas governamentais? O picadeiro está cheio, mas, as arquibancadas, vazias. Embora, a população local, tente buscar no circo-carnaval uma maneira de enganar a fome e a tristeza. Não dá prá ser feliz sem o pão. Vive-se agora a incerteza do emprego e do salário no fim do mês. A incerteza é paralisante, engana e machuca. Resta a esperança de respostas consistentes e claras de mudanças, sem aventuras. Vamos continuar batendo panelas e gritando: Cadê o PÃO?

Vivemos numa cidade, onde sofremos doença crônica da falta de empregos, trabalhos e geração de rendas que garantam o pão-nosso-de-cada-dia. Quando olhamos no retrovisor da recente história de Guapimirim, vemos que estamos andando na contramão da oferta de emprego e oportunidades de trabalho, governo após governo. Os jovens não conseguem ver aluz no fim do túnel, Tipo Nem / Nem!

E, por falar em pão e desemprego, temos o mestre Gonzaguinha a nos alertar, emocionar com sua instigante canção: Guerreiro Menino: “ … Sem o seu trabalho o homem não tem honra e, sem a sua honra, o homem chora, se humilha, se morre, se mata… Não dá prá ser feliz. Não dá prá ser feliz.”

No entanto, os dirigentes desse nosso Circo querem continuar na padaria enrolando o Pão falsificado e para a clientela inteira, com papel moeda judas, comprando, corrompendo “a preço de bisnaguinha” os nossos valorosos votos de ouro. Até quando vamos permitir isso? Xô, Corrupção! Vai de retro!

Gosto de Circo e Carnaval. Não necessariamente, nessa ordem. Posso me fantasiar de japonês da Federal ou Pierrô da Internet. Entretanto, não tenho pinta, cara, jeitão, nem saco de palhaço. E, você?

Só quero saber quando a nossa cidade vai ter emprego, trabalho, renda come pagamentos decentes e legais, via CLT, para bancar o PÃO do povo? Hein? Quando? Uai? Cadê o dinheiro que estava aqui?

Nesse caminho do Circo sem o Pão, que estão construindo, eu não quero ser público nem “dançar” em CARNAVAIS. Qual vai ser o seu enredo, que música vai cantar? Não desafine! Eu como sempre, vou desfilar na Banda Boa? E você?

Carnavale

Então, muitas purpurinas, paetês e lantejoulas e serpentinas a todos. Feliz Carnaval! Fique com Deus!

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Sebastião Medeiros, Guapiense e carnavalesco como você.

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