MPRJ INVESTIGA SE HOUVE DESVIO DE R$ 750 MILHÕES EM CONTRATOS DA UERJ COM ÓRGÃOS LIGADOS AO GOVERNO DO RIO

O objetivo da investigação é identificar se houve peculato, corrupção e lavagem de dinheiro.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) instaurou nesta sexta-feira (2) uma investigação para apurar se houve fraude em 21 contratos firmados entre a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e diversas secretarias e fundações vinculadas ao Governo do Rio. Ao todo, os acordos firmados em 2020 e 2021 custaram mais de R$ 750 milhões.

Os investigadores suspeitam de possíveis crimes de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro. O objetivo da investigação é identificar o valor total destinado à Uerj para a promoção desses contratos, além da comprovação efetiva dos serviços prestados e as pessoas beneficiadas.

Com o apoio da Delegacia Fazendária (Delfaz), os procuradores do MPRJ vão realizar oitivas com os coordenadores dos projetos de extensão universitária.

Os contratos da Uerj já estavam na mira do MP desde dezembro de 2022, quando as investigações tiveram início. O caso foi revelado pelo Portal Uol e ficou conhecido como “a folha secreta da Uerj”.

Procurador suspeito
 
No último dia 29 de março, o MPRJ também pediu à Justiça que determine medidas cautelares contra 15 pessoas acusadas de desviarem mais de R$ 1.3 milhões em contratos destinados a projetos de inovação, pesquisas, ensino e extensão da Uerj.

No documento, o RJ2 apurou que o Ministério Público cita o então procurador da universidade, Bruno Garcia Redondo. Os investigadores afirmam que ele se valeu do cargo e do poder para desviar dinheiro público, numa ação coordenada entre parentes e amigos.

Uma reportagem do Uol mostrou que a esposa, a sogra, o cunhado, ex-sócios e até um personal trainer de Bruno tinham sido nomeados na Uerj. O pedido de afastamento de Bruno também não foi julgado até agora.

O pedido à Justiça também requisita a instauração de um inquérito policial pela Delfaz para apurar se houve crime de peculato praticado pelos acusados.

Os procuradores agora esperam reunir informações de outros órgãos para seguir com as investigações. O MP cobrou documentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre auditorias relativas à universidade.

As investigações também foram compartilhadas com o Ministério Público Eleitoral e com a Polícia Federal para as análises competentes.

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