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Cenário político do Rio segue tensionado às vésperas do ciclo eleitoral de 2026.
O ministro Antônio Carlos Ferreira renovou seu pedido de vista no julgamento que analisa possíveis irregularidades cometidas pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e pelo presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Rodrigo Bacellar (União Brasil), no âmbito do escândalo das contratações do Ceperj e da Uerj durante o ano eleitoral de 2022. A decisão volta a interromper o processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), adiando qualquer definição sobre eventual cassação e inelegibilidade dos parlamentares.
O caso trata das contratações consideradas irregulares em programas executados pelo Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos (Ceperj) e pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que, segundo investigações, teriam sido usados com fins político-eleitorais por meio de folhas de pagamento sem transparência e suposto desvio de finalidade.
Em novembro, a relatora do processo, ministra Isabel Gallotti, corregedora-geral da Justiça Eleitoral, votou pela cassação dos mandatos de Castro e Bacellar, além da inelegibilidade de ambos, e pela aplicação de multa ao ex-vice-governador Thiago Pampolha. O pedido de vista feito por Ferreira à época interrompeu o julgamento, que continua sem perspectiva de conclusão após a renovação desta quinta-feira.
Com a nova suspensão, o desfecho do processo considerado um dos mais relevantes da atual legislatura fluminense permanece indefinido, enquanto o cenário político do Rio segue tensionado às vésperas do ciclo eleitoral de 2026.
