Ministro da Defesa não descarta a ocorrência de mortes durante operações no Rio

O ministro não quis detalhar as ações, mas explicou que a operação iniciada nesta sexta-feira é a primeira fase de reconhecimento.

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O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que mortes poderão ocorrer, embora a operação no Rio tenha como objetivo salvar vidas. Os efeitos colaterais de uma guerra, termo usado pelo próprio ministro, podem ser inevitáveis. Ele afirmou que as forças militares estão unidas e que não irão recuar.

— Quando usei este termos eu pensei no seguinte: estamos no Rio para promover a segurança e a paz. Porém, se vierem reações, estamos determinados. Não vamos recuar. O Rio quer segurança e paz e estamos aqui, junto com a sociedade, para promover isso. Se não interrompermos essas mortes, os assassinatos de policiais, saiba que isso nos diz respeito. O que o governo federal vai fazer, por meio de suas forças policiais, é estar ao lado para punir e encontrar os responsáveis. Vida não importa de quem seja, nos diz respeito. Ela é o objetivo superior. Essa operação é para salvar vidas. Evidentemente que, quem comete o delito, tem que responder à lei — disse Jungmann, que na quinta-feira já havia usado o termo ‘guerra’ ao falar sobre a ação das forças nacionais.

As tropas federais vão seguir um planejamento conjunto em que a Secretaria de Segurança irá definir as metas e prioridades. Segundo o ministro da Defesa, as tropas irão atuar na rua em apoio, mas nada de ocupações.

— A inteligência vem na frente. Não vou descartar tropa na rua. Quem vai nos orientar são as demandas da Secretaria de Segurança. As tropas militares vão atuar em apoio. O cardápio é toda e qualquer ação para golpear a capacidade de reduzir as mortes. Quem vai dizer para onde ir é a Secretaria de Segurança, a polícia daqui. Eles estão acostumados, conhecem o terreno — ressaltou.

O ministro não quis detalhar as ações, mas explicou que a operação iniciada às 14h desta sexta-feira é a primeira fase de reconhecimento.

— Nós teremos tropas na rua por um determinado período e, posteriormente, sua participação em áreas mais extensas. Não haverá uma rotina de emprego dos militares. Se tiver o cumprimento de mandato em determinada área, poderemos fazer operação de cerco. Isso seria uma grande dificuldade para a polícia sozinha. Serão missões específicas. Não há uma rotina de participação das Forças Armadas — completou Jungmann.

Após recolher dados na fase de reconhecimento, os militares atuarão em missões específicos para o combate ao crime organizado. As operações, segundo Jungmann, serão sequenciadas.

— A inteligência é um diagnóstico. Não estou descartando nada. O que vai nortear essa ação conjunta será justamente onde está a capacidade operacional do crime, seus meios, seu arsenal, seu circuito. Isso não dará resultados do dia para a noite. Não vamos ter mágica, pirotecnia. Será um trabalho duro e continuado. É isso que vai dando os resultados — explicou o ministro.

Jungmann pediu o crédito da população para o sucesso da operação:

— Estamos aqui sem fazer promessas mirabolantes. Estamos dentro de um conceito integrado para trabalhar duro.

1-1-768x108Fonte: Jornal Extra

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