São cinco são pediatras e quatro clínicos gerais.
Nove médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Teresópolis, na Região Serrana do Rio, pediram demissão nesta sexta-feira (30). De acordo com o Conselho Municipal de Saúde, destes, cinco são pediatras e quatro são clínicos gerais. O atendimento na unidade, ainda de acordo com o conselho, não foi afetado, mas a reportagem ainda aguarda um posicionamento da Prefeitura. Nesta semana, funcionários chegaram a fazer uma paralisação de 24h reivindicando salários atrasados e medicamentos básicos que estariam em falta.
Segundo o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Valdir Paulino Pinheiro da Rocha, “a situação é complicada. Ninguém é obrigado a trabalhar de graça e sem remédios para medicar”.
Entenda o caso
Fucionários da UPA de Teresópolis realizaram uma paralisação nesta quarta-feira (28) por atraso de pagamentos e a falta de condições de trabalho. Segundo os médicos, a unidade de saúde atende além da capacidade e está há 15 dias trabalhando sem medicamentos essenciais, como soro fisiológico, dipirona, glicose, benzetacil e morfina, entre outros.
A Prefeitura informou que o pagamento dos funcionários está sendo escalonado devido à crise econômica que afeta o país, estados e municípios. Foram comprados R$ 8 mil em remédios que foram entregues na unidade, mas o número ainda seria insuficiente, segundo o Conselho Municipal de Saúde.
Durante a paralisação, houve confusão e uma família apontou omissão de socorro dos funcionários. A Policia Militar foi acionada para tentar negociar os atendimentos. Segundo os agentes, dois médicos estavam na unidade mas não realizaram o atendimento.