Magé desenvolve polo empresarial e turismo para crescer

Rafael, que assumiu o mandato em abril de 2016, após a cassação de mandato do então prefeito Nestor Vidal (PMDB).

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O primeiro ano de Rafael Tubarão (PPS) na prefeitura teve duas tarefas desafiadoras: arrumar a casa e preparar Magé para o futuro. Num período em que o país vive uma longa crise, Rafael e sua equipe tiveram que ajustar as contas para manter a cidade funcionando, mesmo com a queda de arrecadação. Ao mesmo tempo, não dava para deixar de lado a necessidade urgente de gerar empregos e desenvolvimento para a população de 230 mil habitantes. Por conta disso, o município se prepara para se tornar um polo empresarial e explorar melhor o turismo.

– A prefeitura ainda é a maior fonte de empregos do município. Um momento de crise, com demissões, pode desestabilizar a cidade inteira. O ideal é termos outras fontes de renda, e o polo é uma meta da minha administração para 2018 – afirma Rafael, que assumiu o mandato em abril de 2016, após a cassação de mandato do então prefeito Nestor Vidal (PMDB).

Para implantar o polo, a prefeitura aposta em parcerias com a iniciativa privada e estuda a isenção de pedágio e até doação de lotes do terreno às empresas. É uma oportunidade para o município preencher a lacuna deixada pela crise, que obrigou a prefeitura a diminuir o ritmo de obras e reorganizar serviços que são essenciais para a vida na cidade.

Ainda em situação de emergência financeira, declarada em maio e com validade de 180 dias, a prefeitura precisou apertar os cintos para fazer o orçamento render.

– Para se ter uma ideia, se somarmos a queda na arrecadação, dinheiro do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), ICMS e royalties, são aproximadamente R$ 7 milhões a menos todo mês. Com isso, falta dinheiro para remédios, destinação do lixo e até para pagar os funcionários da prefeitura. Temos feito o melhor possível, apesar dessa diferença grande todos os meses – explica o prefeito.

Para cortar despesas, a prefeitura reorganizou as secretarias, de forma que os secretários respondam por mais de uma pasta. Os salários do prefeito e do vice foram reduzidos em 20%, e dos secretários em 15%. O objetivo é manter o pagamento em dia e evitar ao máximo demissões.

Economia de R$ 1,2 milhão por mês

Mas é na crise que novas soluções também surgem. Ao renegociar contratos, a prefeitura decidiu assumir o controle da merenda escolar. Hoje, cabe a ela comprar os alimentos. Já o preparo fica a cargo das merendeiras. Com isso, a qualidade aumentou e o custo diminuiu, com uma economia de R$ 1,2 milhão por mês. Além da merenda, a prefeitura revitalizou escolas municipais e abriu oito creches. São 10 mil novos alunos atendidos em um ano.

– Encontramos escolas completamente sucateadas e já fizemos obras em metade delas. A escola Alice de Paiva, no Jardim Novo Horizonte, é um exemplo. Estava tão depredada que tinha sido fechada. Nós praticamente reconstruímos a estrutura da unidade.

O saneamento ainda é um problema para Magé. Fechar os valões a céu aberto está na ordem do dia da Secretaria de Obras do município. Entre as áreas revitalizadas, destacam-se o Valão do Olaria, em Mauá, e o Parque Alegria, em Fragoso, que foram canalizados. Ao todo, 206 ruas estão sendo beneficiadas com rede de drenagem, galerias, ralos, bueiros e toda a tubulação. As manilhas utilizadas no saneamento são produzidas localmente, o que chega a baratear o seu custo em até cinco vezes, de acordo com a prefeitura. No total, já foram utilizados 17 mil metros de manilhas.

A administração de Rafael Tubarão também enfrenta o desafio de retomar obras paralisadas. No bairro da Lagoa, a construção de uma estação de tratamento de esgoto estava parada desde 2005, e R$ 15 milhões precisariam ser devolvidos ao Governo Federal. O projeto foi então retomado e o prazo para a conclusão estendido – hoje ela funciona em fase de testes.

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Futuro no turismo

No ano em que completa seu 452º aniversário, Magé prepara o futuro de olho no turismo. Ainda inexplorado no município, o setor é visto por Rafael como uma oportunidade de crescimento econômico.

– Estamos ao lado de Guapimirim, que consegue atrair muitos turistas para as cachoeiras, por exemplo. Aqui, além delas ainda temos uma série de igrejas históricas. Somos um dos municípios mais antigos do Brasil e podemos usar essa memória como fonte de renda e empregos.

Com atrações como a Cachoeira do Monjolo, o Poço Bento, o Quilombo da Maria Conga e igrejas seculares – como a do Bonfim, que data do século XIX – Magé pode ser tornar um expoente do turismo das classes C e D, para o prefeito.

– Sou nascido e criado na cidade. Lembro bem de vir para cá, no alto do Morro do Bonfim, soltar pipa quando moleque. Ser prefeito me dá oportunidade de tornar a vida dos mageenses melhor e, junto com eles, reescrever a história do nosso município – conclui Rafael.

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