Ligação com Donald Trump expõe isolamento do líder venezuelano e reduz alternativas para uma saída negociada com proteção internacional.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enfrenta um dos momentos mais delicados desde que assumiu o poder. A pressão internacional, aliada ao aprofundamento da crise econômica e humanitária no país, tem reduzido drasticamente suas alternativas para uma saída negociada que lhe garanta proteção especialmente após uma breve e tensa ligação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo fontes diplomáticas, o contato entre Maduro e Trump ocorreu em caráter emergencial, com interlocutores norte-americanos reiterando que a única via possível para evitar sanções mais duras e isolamento total seria a renúncia acompanhada de um salvo-conduto para deixar o país. A conversa, porém, não trouxe avanços concretos, e Maduro teria demonstrado preocupação sobre a viabilidade dessa oferta diante de pressões internas das Forças Armadas e do núcleo duro do chavismo.
Nos bastidores, Washington trabalha para construir uma transição que permita a realização de eleições livres, colocando como condição indispensável a saída imediata de Maduro. Para diplomatas venezuelanos, entretanto, a janela de negociação está se fechando rapidamente, agravada pela deterioração do apoio interno ao líder socialista.
A crise venezuelana, que já provocou um êxodo de mais de 7 milhões de pessoas, vive agora um novo capítulo de incertezas. Sem apoio robusto de aliados tradicionais e sob ameaça de maior isolamento econômico, Maduro vê o cerco se apertar enquanto cresce a pressão para que renuncie antes que a situação fuja completamente ao controle.
Apesar das movimentações discretas, não há sinais de que uma renúncia esteja iminente. Entretanto, a avaliação de analistas políticos é de que o cenário pode mudar abruptamente caso os setores militares decidam abandonar o atual governo ou se Washington intensificar as sanções contra a cúpula chavista fatores que podem tornar insustentável a permanência de Maduro no poder.

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