FLÁVIO BOLSONARO NÃO SERÁ CANDIDATO A PREFEITO DO RIO EM 2024

Com alta taxa de rejeição, Flavio Bolsonaro não será candidato a prefeito do Rio em 2024. Comemoram Dr. Luizinho e Otoni de Paula.

Aliados de Jair Bolsonaro apontam o empresário Paulo Marinho (PSDB) como um dos principais motivos pelos quais o ex-presidente vetou a candidatura do filho Flávio Bolsonaro (PL) à Prefeitura do Rio de Janeiro em 2024.

Rompido com o clã Bolsonaro desde 2020, Marinho é o primeiro suplente de Flávio no Senado. Logo, uma eventual vitória do “01” na eleição no Rio abriria caminho para um adversário do ex-presidente virar senador até 2026.

Antes de o pai vetar sua candidatura, Flávio chegou a procurar Marinho. Por iniciativa do “01”, os dois se reuniram na sexta-feira (12/5), no escritório do senador na capital fluminense, para negociar uma trégua.

À Jovem Pan, Jair Bolsonaro disse que “Flávio quer muito a candidatura à Prefeitura do Rio de Janeiro, acredita que pode melhorar a cidade replicando as boas práticas e resultados positivos que conseguimos enquanto fui presidente. Ele foi muito importante no Senado durante o meu governo e preciso dele lá fazendo articulação política e ajudando o Estado do Rio de Janeiro” e completou dizendo que “Nas eleições municipais de 2024 quero ele organizando os palanques nos 92 municípios do Rio, pois o PL tem o projeto de fazer uma grande quantidade de prefeitos e vereadores em todo o Brasil. Então conversamos e ele vai comunicar ao nosso grupo político no Rio que não será candidato à Prefeitura. Vamos escolher o melhor nome para disputar a capital com o nosso apoio.” 

Obviamente não vai ser dito, mas o fato de Flávio Bolsonaro ser o candidato mais rejeitado pelos cariocas, 35% deles, de acordo com a pesquisa Prefab Future de abril, deve ter ajudado e muito na decisão do clã político. Para efeito de comparação, o atual prefeito do Rio, o 2º mais rejeitado, tem 19,4%, um índice considerado normal.

Na mesma pesquisa, Flávio aparece apenas com 4,5% das intenções de voto, enquanto Otoni de Paula (MDB) do mesmo espectro ideológico, e completamente desconhecido da população, tem 2,7%; o atual prefeito tem 31,4%. Já na espontânea, quando não é apresentado nenhum nome, o senador é lembrado por apenas 1,5% dos cariocas, número similar ao de Thiago Pampolha (UB), vice-governador do Rio de Janeiro e figura ainda não muito conhecida na cidade.

A saída de Flavio Bolsonaro da corrida, claro, movimenta o cenário eleitoral da eleição 2024 do Rio de Janeiro, e deve deixar Eduardo Paes atento. Como disse recentemente, o filho do ex-presidente era o candidato favorito contra o atual alcaide, seria fácil antagonizar com o sobrenome Bolsonaro, a estratégia era simples. Saindo Flávio, o campo da direita carioca poderá escolher um candidato que possa agregar mais votos e fazer frente à grande aliança de centro e centro-esquerda que o PSD e o PT vêm fazendo na cidade.

Quem comemora, com certeza, é o governador Claudio Castro (PL) que se torna um importante eleitor, podendo ser o voto decisivo na escolha do candidato conservador do Rio. Hoje a idéia ainda é apresentar seu secretário de Saúde, Dr. Luizinho (PP), que ainda não conseguiu aparecer muito na capital, já que seu berço político é Nova Iguaçu; lá, se elegeria muito fácil. Mas vem fazendo seu dever de casa, e com os apoios certos pode preocupar o grupo que hoje está no 13º Andar do Centro Administrativo São Sebastião, o Piranhão.

Outro que pode tentar ocupar o vácuo deixado neste momento por Flavio é Otoni de Paula: o conservador vem se movimentando para ser o candidato a prefeito do MDB, e como bolsonarista de primeira hora, além de querido por evangélicos de várias igrejas, já partiria de uma boa base de votos. Não seria de espantar o próprio apoio dos Bolsonaros, à revelia do PL, à sua candidatura a prefeito.

Estamos em maio, pode parecer que falta muito para as eleições, mas só se fala nisso nas rodas políticas.

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