Fla-Sampa e Sampa Flu planejam um protesto em conjunto contra a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro).
O clássico entre Flamengo e Fluminense, domingo (27), às 16h, no Pacaembu, será histórico para os torcedores radicados em São Paulo. Eles já se mobilizam durante o ano na missão de apoiar os clubes do coração longe dos seus redutos. E o trabalho vai além de torcer. Os fanáticos recebem ídolos, promovem caravanas e expõem a loucura pelos times.
A embaixada rubro-negra na capital paulista, e da Sampa Flu, uma reunião de apaixonados pelo Tricolor das Laranjeiras. Ambas estarão em peso no Pacaembu para uma festa familiar. As torcidas possuem boa relação e se identificam no desafio de defender um clube carioca em São Paulo.
A Fla-Sampa foi fundada em 2004 e reúne cerca de 100 torcedores por jogo em um bar no bairro de Moema. Os clássicos atraem 300 rubro-negros e até 800 fanáticos em jogos decisivos. O presidente Rodrigo Fortuna mora em São Paulo há 25 anos. Entre as visitas de ídolos e atletas, além das caravanas para as partidas no Rio de Janeiro, ele não esconde a importância de ver o time do coração no quintal de casa.
“Temos cinco mil integrantes cadastrados e boa parte estará no Pacaembu. O clima é o melhor possível. Estamos maravilhados com a possibilidade de assistir ao Fla-Flu. O contexto ajuda muito. Ser Flamengo é muito fácil. Não é diferente em São Paulo”, afirmou.
O entusiasmo também está presente na Vila Olímpia, onde funciona o bar que recebe os tricolores. André Silveira é proprietário do estabelecimento e um dos integrantes da Sampa Flu.
“Já reunimos até 400 pessoas em algumas ocasiões. O Fluminense é um clube carismático e que não desperta tanta rivalidade. Ficamos muito tempo longe da nossa paixão e não perdemos a oportunidade de ir aos estádios em São Paulo. É um amor de infância. Queremos ajudar”, disse.
Fla-Sampa e Sampa Flu planejam um protesto em conjunto contra a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) para o Pacaembu. O clássico contará com alguns setores mistos e se espera um clima de paz. Até o fechamento da matéria 10 mil bilhetes haviam sido vendidos. Apesar da empolgação, defender as cores de um clube do Rio de Janeiro longe de casa exige cuidados que os cariocas conhecem bem.
“É difícil ter um episódio desagradável. O maior susto foi no ano passado, quando torcedores do Fluminense e do Palmeiras brigaram no Rio de Janeiro e na volta aqui em São Paulo rolou um boato de que o bar seria atacado. Nos protegemos, mas nada aconteceu. Procuramos ter uma boa relação com todos os torcedores”, comentou André.
“Lógico que temos algumas restrições para manter o controle e evitar episódios desnecessários com outras torcidas. Não levamos faixas aos estádios. É uma coisa para evitar ser confundido com uma organizada. Usamos as nossas camisetas e evitamos gritos de guerra. Cantamos apenas o Flamengo. É preciso ser assim. Estamos na casa deles o tempo inteiro e pregamos o respeito. Nunca tivemos um grande problema por conta disso. Conhecemos o terreno e sabemos os limites”, completou Fortuna.
A dupla está empolgada, assim como os demais flamenguistas e tricolores residentes em São Paulo. A promessa é de festa no Pacaembu. Eles querem extravasar as paixões e guardar o dia especial na memória. A capital paulista é o território deles. E será mais do que nunca no domingo.
Fonte: UOL Esporte