Crustáceos foram levados à unidades de conservação e, depois, devolvidos aos manguezais.
Dois mil caranguejos-uçá foram apreendidos no estado nos meses de outubro e novembro em uma ação conjunta entre as secretarias municipais de meio ambiente de Magé, Guapimirim e Niterói, a Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapi-Mirim e o Batalhão Florestal. A ação aconteceu durante o período de defeso da espécie, quando fica proibido o transporte, captura e comercialização da espécie. As vistorias são realizadas semanalmente por vias aquáticas e terrestres.
Nos primeiros cinco dias de fiscalização, houve apreensão nos rios Guapimirim, Guaraí, Carecibu, na Praia de Piedade e em feiras, mercados de peixe e rodovias. Os caranguejos apreendidos foram levados à unidade de conservação para contagem, limpeza e pesagem e, depois, devolvidos aos manguezais, seu habitat natural.
Não houve aplicação de multas nem detenções detenções devido à evasão dos infratores. De acordo com o analista ambiental e agente de fiscalização da APA, Zuth Coelho, é comum haver dificuldades para a aplicação de penalidades.
– As pessoas fogem ao perceber a presença da fiscalização, deixando o produto exposto no local. Isso dificulta a identificação dos responsáveis pela captura, comercialização ou transporte dos caranguejos – explicou ele.
Ainda segundo o fiscal, o período de defeso é importante para a perpetuação da espécie, tanto para a manutenção dos manguezais e equilíbrio do ecossistema, como para as famílias que dependem da prática para se manter.
– Fazemos um trabalho de conscientização com divulgação do período de defeso. As pessoas têm acesso à informação. Além disso, as famílias que dependem da captura do caranguejo recebem um seguro para seu sustento enquanto a prática é proibida – contou.
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