Com o acordo, a investigação policial poderá contar com mais condições de identificar organizações criminosas.
O combate às fraudes bancárias eletrônicas (cartão de débito, cartão de crédito, internet banking, call center e boletos) deve ganhar novo impulso com a renovação do acordo de cooperação técnica assinado, nesta segunda-feira, entre a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Polícia Federal. Com o acordo, a Polícia Federal poderá contar periodicamente com o envio de analistas das instituições financeiras a Brasília para fortalecer o trabalho de inteligência na repressão a esse tipo de crime.
O convênio regulamenta os procedimentos dos bancos para comunicar, à Polícia Federal, suspeitas ou confirmação de práticas irregulares. Ele também trata do compartilhamento de informações sobre movimentação de recursos financeiros relacionados a crimes contra instituições financeiras. Na primeira assinatura do acordo, em 2009, cerca de 15 bancos, que representam mais de 90% do mercado bancário, aderiam à iniciativa. Com a renovação do acordo, deve aumentar o número de instituições financeiras fornecedoras de informações importantes para a repressão ao crime organizado.
O diretor da Febraban, Leandro Vilain, afirmou que a segurança para a realização das operações financeiras é uma das preocupações centrais dos bancos brasileiros. “O setor bancário destina cerca de 10% dos investimentos anuais em tecnologia da informação, cerca de R$ 2 bilhões, em ferramentas destinadas a evitar possíveis tentativas de fraudes, além de garantir a confidencialidade dos dados dos clientes e a eficiência no uso dos canais eletrônicos”, informou.
De acordo com a Febraban e a Polícia Federal, o envio de informações é necessário para centralizar na PF a comunicação sobre a prática de fraudes eletrônicas em contas de depósitos mantidas pelos bancos. Com o acordo, a investigação policial poderá contar com mais condições de identificar organizações criminosas, conhecer melhor o modus operandi das quadrilhas e desenvolver novas técnicas e tecnologias de prevenção e repressão a esses tipos de crimes.
Fonte: Jornal Extra