Em dois meses, 300 policiais militares ‘pedem para sair’

Proposta de aumento de contribuição no estado faz PMs tentarem aposentadoria

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Um pelotão de 300 homens da Polícia Militar quer passar para a reserva remunerada às vésperas da Olimpíada. Os pedidos feitos nos últimos dois meses bateram recorde  a média era de 20 a 30 por mês — e assustaram o comandante-geral da PM, Edison Duarte dos Santos Júnior. O combustível para as aposentadorias foi o anúncio de um pacote do governo do estado para aumentar a arrecadação. Nele estava incluído o projeto de lei que propõe a elevação da contribuição dos servidores de 11% para 14% para o Rioprevidência.

Mas os ânimos dos militares com relação ao assunto não foram acalmados ainda. “O número de pedidos para a reserva é absurdo. Sem contar que há hoje 3 mil PMs que já cumpriram 30 anos de serviço público. O governo tem que repensar muito essa questão previdenciária para não gerar um caos na segurança pública”, analisou o deputado estadual Flávio Bolsonaro, do PSC.

Em função disso, o comandante publicou o boletim 42 na terça-feira. No documento, determinou que todas as unidades adotem um conjunto de medidas para tentar impedir a debandada dos policiais, muitos deles oficiais. Com isso, cada PM será entrevistado pessoalmente sobre a aposentadoria.

Durante a conversa, o policial será lembrado das vantagens de permanecer na corporação. Entre elas, a concessão de abono permanência. Ou seja, depois de 30 anos de serviço público, o servidor deixa de ter descontados os 11% do salário para o Rioprevidência. Além disso, cada PM ouvirá sobre as perspectivas de ascensão profissional com cursos de formação e receberá uma espécie de aula sobre a questão previdenciária que está sendo discutida pelo governo do estado e que passará pelo crivo da Assembleia Legislativa (Alerj).

As unidades terão ainda que manter contato direto com a Diretoria de Pessoal da Ativa e Diretoria de Cadastro e Pagamentos. Só depois disso, o pedido de saída da corporação poderá ser analisado. “O comandante-geral entendeu a gravidade do assunto e tomou as providências. Mas é preciso pensar ainda que esse aumento de alíquota de contribuição para o Rioprevidência pode inchar mais o órgão”, analisou Flávio Bolsonaro.
Os pedidos de aposentadoria também aumentaram no Corpo de Bombeiros e na Polícia Civil. “É bom lembrar que o governo não tem dinheiro para fazer concursos. Então, a situação é gravíssima”, disse Bolsonaro.

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Fonte: O Dia

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