COP-21: 195 países aprovam primeiro acordo global sobre o clima

Acordo prevê a criação de um fundo anual de US$ 100 bilhões, financiado pelos países ricos, a partir de 2020, para limitar o aquecimento global a 1,5°C.

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Representantes de 195 países reunidos na Conferência do Clima (COP21), em Paris, aprovaram o acordo final sobre a redução de emissões de gases de efeito estufa. O acordo histórico prevê a criação de um fundo anual de 100 bilhões de dólares, financiado pelos países ricos, a partir de 2020, para manter o aquecimento global “bem abaixo de 2°C, com esforços contínuos para limitar o aumento em 1,5°C”.

“Estou olhando a sala, vejo que a reação é positiva, não ouço objeções, o acordo de Paris para o clima foi adotado”, declarou, bastante comovido, Laurent Fabius, presidente da 21ª Conferência da ONU para o Clima e ministro das Relações Exteriores da França, batendo o martelo no púlpito. Uma longa salva de palmas tomou conta da sala de conferências, seis anos após o fiasco da COP15 de Copenhague, que fracassou em selar um acordo parecido.

O Acordo de Paris, como foi chamado o documento final da 21ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), entrará em vigor em 2020. A cada cinco anos, os países deverão prestar contas sobre as ações desenvolvidas para evitar que a temperatura global não aumente mais de 2 graus Celsius. A redução do aquecimento pretende evitar fenômenos extremos como ondas de calor, seca, cheias, ou subida do nível do mar.

Trata-se do primeiro acordo sobre clima desde a assinatura do Protocolo de Kyoto (1997) e o primeiro a ter um compromisso de todos os países, não apenas dos mais desenvolvidos, em relação à redução de emissões.

Com a aprovação, o desafio das nações será equilibrar as emissões de gases tóxicos gerados pela ação do homem e os níveis suportados pela natureza. Os países que assinam o documento definiram que as reduções de emissões de gases devem atingir o limite o mais rápido possível, mas não definiram quando o resultado deve ser alcançado. Na conferência, os representantes reconheceram que as nações em desenvolvimento deverão levar mais tempo para atingir as metas definidas.

“Temos um acordo equilibrado, ambicioso, durável, juridicamente obrigatório e justo, respeitando as diferenças de capacidade e responsabilidade”, declarou Laurent Fabius. “É um documento histórico, estabelece ao mundo um novo caminho”, disse Ban Ki Moon, secretário-geral da ONU. O Acordo de Paris terá força de lei internacional.

Agenda 21

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Ano: 1992 Quem assinou: 178 países As metas: diminuir o buraco na camada de ozônio e destinar parte do PIB de países desenvolvidos a países pobres, para ajudá-los a se tornar sustentáveis O que não saiu do papel: somente Dinamarca, Luxemburgo, Holanda, Noruega e Suécia honraram o compromisso de financiar países pobres. Mas há uma boa notícia: a diminuição da destruição da camada de ozônio foi alcançada

Protocolo de Kyoto

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Ano: 1997 Quem assinou: 191 países A meta: reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 5,2% até 2012 O que não saiu do papel: ocorreu o oposto, já que houve aumento de 50% na emissão de dióxido de carbono.

Copenhague

Lots of smoking chimneys other blue sky

Ano: 2009 Quem assinou: 141 países As metas: criação do Fundo Verde do Clima (GCF) e corte de 30% nas emissões de gases como o CO2 pela União Europeia e de 17% pelos Estados Unidos, até 2020 O que não saiu do papel: o Fundo Verde foi criado e bateu a meta de capitalização inicial de 10 bilhões de dólares, a União Europeia cortou o CO2 em 19%, mas as emissões americanas voltaram a crescer em 2013, a uma taxa anual de 2%

Declaração de Nova York sobre Florestas

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Ano: 2014 Quem assinou: 28 países A meta: promover o “desmatamento zero” no mundo até 2030 O que não saiu do papel: será impossível cumprir o acordo, já que o Brasil, que abriga a maior floresta tropical do mundo, a Amazônia, não ratificou o documento.

MGT
Fonte: Veja

 

 

 

 

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