O desafio surge um ano depois da “crise da geosmina”.
Moradores de diversos bairros do Rio de Janeiro e de municípios da Baixada Fluminense reclama do gosto e cheiro da água que abastece suas casas. Alguns relatam que o problema teve início ainda no último fim de semana. O desafio surge um ano depois da “crise da geosmina” e em meio ao processo de concessão da Cedae, cujo edital foi lançado no fim de dezembro. Diante das queixas, o governador em exercício Cláudio Castro convocou uma reunião de emergência com o presidente e técnicos da Cedae nesta quinta-feira.
O presidente da Cedae, Edes Fernandes Oliveira, já teria adiantado que o aspecto e gosto relatados por moradores seriam característicos de geosmina. Mas isso só poderá ser comprovado por meio de dois exames. Um deles fica pronto em três dias e o outro, em sete dias.
Reclamações nas Zona Norte e Oeste
A guia de turismo Rozane Rodrigues, de 34 anos, moradora de Piedade, voltou a ter os mesmos problemas do ano passado nessa semana. Ela já havia suspendido a compra de água mineral, que havia virado uma rotina, quando voltou a notar que a cor, cheiro e gosto do líquido que sai da torneira estavam diferentes.
Na terça-feira fui encher as garrafas, à tarde, e vi que a cor estava amarelada. Achei estranho, botei no copo, bebi e senti um gosto fortíssimo de terra e cheiro rançoso. Falei para o meu esposo que a água não estava legal. Liguei para minha mãe que mora em Bangu, para saber se ela tinha percebido o mesmo problema lá e ela confirmou. Na quarta-feira (ontem) a água já estava transparente, mas com o mesmo gosto e cheiro, assim como hoje relatou.
Fonte: Jornal Extra