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CHUVA VOLTA A PREOUCUPAR MORADORES DE PETRÓPOLIS

Há relatos de localidades em risco iminente de novos desmoronamentos; temporais de fevereiro deixaram 233 mortos.

Sete meses depois da tragédia que matou 233 pessoas, moradores da cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, estão sofrendo, mais uma vez, com as consequências da chuva forte que cai nesta quarta-feira (28) no local, que ainda não está preparado para receber um novo período de cheia.

“Uma pedra que deslocou e desceu, ela só não atingiu essas casas da minha volta porque ela ficou parada numa parede, e desceu muito barranco, e esse barranco, agora o caminho tá livre, porque os próprios moradores fizeram uma limpeza e tem muita pedra solta ali em cima, muita pedra solta mesmo. É medo, é revolta, é insegurança, eu tenho duas crianças, um de 8, uma de 4, que tá fazendo tratamento psicológico porque eles viram tudo o que aconteceu. Eu não me vejo morando num lugar que eu vou chegar pra eles e falar que se chover a gente tem que sair correndo”, disse Aline Bernardes, que mora há 24 anos na Região Serrana.

Moradores do Alto da Serra, região mais atingida no início do ano, onde 158 pessoas morreram, denunciam a pressão da Prefeitura para voltarem a morar no local, mesmo sem qualquer intervenção na área. De acordo com os relatos, pelo menos quatro localidades estão em risco iminente de novos desmoronamentos.

Na madrugada da última terça-feira (27), uma casa foi interditada depois de ter sido atingida por uma pedra, no bairro Nova Cascatinha. A rocha atingiu a garagem do imóvel e dois veículos foram danificados. Ninguém ficou ferido.

De acordo com o meteorologista Marcio Cataldi, em Petrópolis, as chuvas não serão tão fortes como foram em fevereiro. Ele afirmou que os riscos de deslizamentos são menores, pois o solo não está tão úmido, mas há chances de inundações. Segundo o meteorologista, as chuvas mais preocupantes começam em novembro.

O Instituto Nacional de Meteorologia publicou um aviso na última terça-feira (27) anunciando que as chuvas vão ficar entre 30 a 60 mm/h ou 50 a 100 mm/dia. Além disso, informou que há risco de alagamentos, deslizamentos de encostas e transbordamentos de rios, em cidades com tais áreas de risco.

O Ministério Público vai pedir uma segunda opinião à equipe de peritos e ao Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio sobre a reavaliação da região. O orgão lembra do mapa de risco feito pela Defesa Civil em que contemplava o bairro Alto da Serra e questiona o fato de nenhuma obra de mitigação ter sido realizada na área.

“A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras (Seinfra) reitera que as obras de reforço estrutural do túnel extravasor, em Petrópolis, seguem seu cronograma normal. Neste momento há um foco das ações na Rua Francisco Scarli, conhecida como Rua do Túnel, para concretar as áreas mais sensíveis da galeria e que podem levar risco aos moradores da região antes do período das chuvas. As comportas foram instaladas no ponto de coleta no Rio Palatinato, evitando assim a passagem de água na galeria, essencial para a evolução dos trabalhos” afirmou a Seinfra em nota.

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