Amigos de Chester, relataram que nunca viram tendência suicida no cantor.
Fontes policiais revelaram ao site “TMZ” que o vocalista do Linkin Park, Chester Bennington, usou um cinto para se matar, em condições semelhantes às do suicídio do grande amigo Chris Cornell. O líder do Soundgarden também tirou a própria vida em maio, o que teria aguçado a depressão de Chester. Ele foi encontrado morto na manhã deste 20 de julho, data em que Cornell celebraria 53 anos.
O “TMZ” ressalta que os dois usaram uma porta e não deixaram bilhetes de despedida em quartos que não revelaram evidências de drogas ilícitas. Perto de Cornell, havia medicamentos; de Chester, apenas uma garrafa de bebida alcoólica, parcialmente consumida.
Amigos de Chester, que foram à casa dele depois da confirmação da morte, relataram ao site “Radar” que nunca viram tendência suicida no cantor. Apesar disso, um deles ressaltou que o vocalista “nunca mais foi o mesmo” depois da perda de Cornell.
Quando a classe artística dava adeus a Cornell, o vocalista do Linkin Park entoou “Hallelujah”, de Leonard Cohen, no funeral do amigo. Ao saber da morte do líder do Soundgarden, Chester publicou uma comovente homenagem no Twitter.
“Lembranças sobre você inundaram a minha cabeça e eu chorei. Estou ainda chorando, de tristeza e de gratidão (…) Você me inspirou tantas vezes de várias maneiras que você não consegue imaginar. Sua voz foi alegria e dor, fúria e perdão, amor e coração partido, tudo em uma só. Eu acho que todos nós somos assim. Você me ajudou a entender isso (…) Não posso pensar em um mundo sem você nele”, escreveu em uma carta publicada nas redes sociais.
Chester deixou seis filhos. Ele havia acabado de voltar de férias com a mulher Talinda Ann Bentley, com quem se relacionava há 12 anos. Em uma entrevista do ano passado, ele revelou que havia pensado em se matar por ter sido abusado na infância. O cantor ainda reconheceu o vício em drogas ilícitas e álcool, contra o qual lutava para se restabelecer.
‘DESISTIR OU LUTAR’
Naquela que seria a sua última entrevista, em maio, Chester Bennington deu a entender o seu complexo relacionamento com a depressão. Ao “Daily Mail”, ele falou sobre morte e sobre como superou com braveza os momentos de dor.
“Eu cheguei em um ponto da minha vida em que eu pensava: ‘Eu posso apenas desistir e morrer ou eu posso lutar pelo que eu quero’. E eu escolhi lutar. Eu queria amar pessoas na minha vida, aproveitar o meu trabalho e a paternidade, apenas levantar da cama de manhã. Isso era difícil para mim”, contou.
Na entrevista, ele ainda destacou que o álbum “One More Light”, o mais recente do Linkin Park, antecedeu os “tempos mais obscuros” de sua vida. Ele disse que só os superou por meio do novo trabalho. Ele ressaltou que estava em um momento de “focar no presente” e “tirar o melhor” dos acontecimentos — caso contrário, poderia voltar ao comportamento.