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Placar de 4 a 3 abre caminho para julgamento no plenário ainda nesta terça; deputados divergem sobre manutenção da prisão e afastamento da presidência.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro decidiu, nesta terça-feira (8), pela revogação da prisão preventiva do deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Casa. O resultado apertado — 4 votos a 3 — expõe a divisão interna do parlamento diante do caso que envolve acusações graves de vazamento de informações sigilosas de uma operação da Polícia Federal.
Votaram a favor da revogação os deputados Rodrigo Amorim (União Brasil), Alexandre Knoploch (PL), Fred Pacheco (PMN) e Chico Machado (Solidariedade). Já Luiz Paulo (PSD), Elika Takimoto (PT) e Carlos Minc (PSB) divergiram. Minc votou pela manutenção da prisão, enquanto Luiz Paulo e Elika defenderam a elaboração de dois relatórios separados: um pela manutenção da preventiva e outro pelo afastamento de Bacellar da presidência da Alerj.
Bacellar está preso desde a semana passada por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é acusado de vazar informações de uma operação da PF que levou à prisão do ex-deputado TH Jóias, apontado como elo do Comando Vermelho na política fluminense. O relatório aprovado na CCJ segue agora para o plenário da Alerj, onde a decisão será tomada em votação aberta e nominal, prevista para as 15h. Para qualquer deliberação, serão necessários 36 dos 70 votos.
Do lado de fora e nas redes sociais, a repercussão tem sido intensa. Diante do avanço para o plenário e da possibilidade de libertação do parlamentar, muitos cidadãos ironizam o clima político: “Onde vão servir a pizza?”, questionam, em protesto, moradores que veem o caso como mais um capítulo de impunidade no estado.
