Objetivo é focar nas manchas criminais e na prevenção, diz secretário.

O Batalhão de Policiamento de Grandes Eventos da Polícia Militar, criado em 2014 para atuar em grandes eventos como a Copa do Mundo daquele ano e a Olimpíada de 2016, será extinto em breve pela Secretaria de Estado de Segurança. Os 420 policiais farão parte de um novo grupamento, batizado por enquanto de Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidões (Recom).
A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança Roberto Sá. A data da mudança não foi informada.
“Com o objetivo de focar nas áreas de mancha criminal e com ostensividade para fazer a prevenção. Vamos pegar aproveitando que a fase de grandes eventos passou, que a PM tem o Batalhão de Choque, e esses policiais serão transformados em uma unidade de rondas especiais em áreas de grandes indicadores de criminalidade”, explicou Roberto Sá.
A unidade, segundo Sá, terá rotatividade de locais de atuação. O secretário usou exemplos de Macaé, no interior do Estado, que vive uma crise de segurança, ou o combate ao roubo de veículos em pontos da capital e da Baixada.
“A unidade vai onde tem alguma análise criminal que sinalize que esteja acontecendo muito crime para evitar que o crime aconteça”, exemplificou.
Áreas com batalhões com pouco efetivo para combater o crime podem receber reforços.
“É um batalhão dinâmico, móvel, que não vai ter responsabilidade geográfica definida, para atuar durante o tempo que for necessário”, pontua o secretário.
O tipo de indicador que pode ser utilizado como critério para a utilização do batalhão também pode variar: números de homicídios dolosos, de letalidade violenta ou roubo de cargas, por exemplo.
“São policiais militares que têm formação básica e tiveram a possibilidade de trabalhar em grandes eventos, então são especializados e podem trabalhar na prevenção de quaisquer desses delitos.”
Indicadores menores e esperança
A queda de alguns indicadores foi comemorada pelo secretário: os homicídios dolosos em dezembro de 2017 diminuíram 5,2% em relação ao mesmo mês de 2016. Os latrocínios tiveram queda de 50%, e os roubos de rua chegaram ao terceiro mês consecutivo de queda.
“Houve um redirecionamento, diretrizes sendo escritas de forma até inédita, para mostrar o caminho que a gente quer da polícia. Mesmo com escassez de recursos, com foco e gestão, você consegue otimizar esse recurso. A gente não está satisfeito, mas só o fato de estar diminuindo um tipo de roubo que só subia mostra que os recursos estão sendo utilizados na prevenção. Assim, você evita o delito”, analisou Sá.
Segundo estatísticas do Instituto de Segurança Pública, os principais batalhões que motivaram a queda dos indicadores foram os batalhões de São Gonçalo, na Região Metropolitana; Mesquita e São João de Meriti, na Baixada.
Fonte: G1
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