Assessora especial do governo do Rio é acusada de agredir amante do marido em shopping

O policial Flávio Pacca, de 57 anos, suposto pivô da agressão, foi preso em fevereiro.

Assessora especial da Casa Civil no governo estadual, Kátia Meireles da Silva Castello Branco foi acusada de agredir a lojista Karla Magalhães na tarde desta quarta-feira no Shopping Tijuca, na Zona Norte do Rio. De acordo com o relato de Karla, a funcionária do Palácio Guanabara a agrediu pelo fato de ser amante do marido dela, o policial civil Flávio Pacca Castello Branco, preso durante uma operação da Polícia Civil em fevereiro.

A Kátia está com raiva de mim porque tenho um relacionamento com o marido dela há quase 20 anos. Ela viu várias coisas nossas no celular dele, porque ele foi preso. Ele é o consultor de segurança pública do Witzel, o Flávio Pacca disse Karla, por meio de mensagem de áudio.

Kátia, por sua vez, rebate:

Eu entrei numa loja, que é pública, para conversar com ela (Karla). Quando me viu, ela saiu do balcão como uma louca pegando o meu braço agressivamente. Espero que ela não esteja editando as câmeras, porque as imagens vão provar que eu que fui agredida. Quando entrei na loja, ela saiu do balcão e me arrastou, gritando: “Saia fora daqui”. Aí ela veio bater em mim. E muita tristeza que estou passando na minha vida. Uma decepção atrás da outra. Ela, que não tem nada a perder, está usando o fato de eu trabalhar no governo para tentar me atingir. Isso é uma questão pessoal.

Na ocasião da prisão de Pacca, em fevereiro, Witzel afirmou não tolerar “nenhum ato ilícito, seja de quem for”. Defendeu, ainda, que o policial “tenha seus direitos garantidos, como qualquer cidadão”, ressaltando que “seja quem for que tenha cometido ou cometa algum ato ilícito ou de corrupção, esta pessoa será punida de acordo com a lei”. Witzel também negou que Pacca tenha sido seu consultor na área de segurança pública.

De acordo com o advogado da suposta vítima, Luiz Carlos Azenha, Karla precisou ser atendida no hospital.

Estamos indo agora para a 19ª Delegacia de Polícia para fazer o registro de ocorrência. Vai haver representação criminal e ação cível. Vou representá-la no órgão correicional do governo. Vou pedir instauração de sindicância pelo governo estadual — informou Azenha.

O policial Flávio Pacca, de 57 anos, suposto pivô da agressão, foi preso em fevereiro durante uma operação da corregedoria da Polícia Civil e o do Ministério Público (MP-RJ) que apurou crimes de extorsão por policiais civis. Pacca foi candidato a deputado federal pelo PSC, legenda do governador Wilson Witzel, mas não conseguiu se eleger. Ele participou da campanha política do governador eleito. Após a vitória nas urnas, atuou como um dos principais assessores do Palácio Guanabara na área de segurança.

Especialista em tiro, o policial estudou com Witzel na faculdade e, até sua prisão, era apontado como consultor na área de atiradores de elite. Witzel nega que Pacca tenha assessorado sua administração e defendeu o prosseguimento das investigações que culminaram com a prisão do policial.

Fonte: Jornal Extra

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