Alta na receita reflete crescimento da economia, aumento na arrecadação de impostos e ganhos com royalties do petróleo; no acumulado do ano, governo soma mais de R$ 1,9 trilhão em receitas.

A arrecadação total de receitas federais somou R$ 216 bilhões em setembro, alcançando o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, há 25 anos. O valor representa um crescimento real de 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado, já descontada a inflação.
De acordo com dados divulgados pela Receita Federal, o desempenho foi impulsionado principalmente pelo pagamento atípico de tributos por grandes empresas, pela elevação dos preços do petróleo e derivados, e pelo avanço da atividade econômica no terceiro trimestre.
No acumulado de janeiro a setembro de 2025, a arrecadação ultrapassou R$ 1,9 trilhão, também um recorde histórico. O resultado reforça a expectativa do governo de fechar o ano com superávit primário, mesmo diante da desaceleração de alguns setores industriais.
Entre os tributos que mais contribuíram para o crescimento estão o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e as receitas de royalties do petróleo, que tiveram forte alta em função da cotação internacional do barril e do câmbio favorável às exportações.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o resultado “mostra a recuperação sustentável das contas públicas” e que o governo continuará perseguindo metas fiscais “sem comprometer os investimentos sociais e estruturantes”.
Economistas, porém, alertam que parte do desempenho se deve a receitas extraordinárias e que o desafio será manter o ritmo de arrecadação em 2026, com a possível desaceleração da economia global e a redução de lucros corporativos.

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