Nova conjuntura econômica: Bolsonaro finalmente recebe aceno de Trump na OCDE.
A embaixada dos Estados Unidos em Brasília divulgou uma nota nesta terça-feira (14) na qual afirmou que o país apoia a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Segundo assessores do ministro Paulo Guedes, com a decisão dos EUA, o Brasil passará a ser a prioridade do governo norte-americano para aderir à OCDE.
Após a repercussão, Donald Trump afirmou em uma rede social reiterar o apoio dos EUA ao ingresso do Brasil na OCDE.
“A declaração conjunta divulgada com o presidente Bolsonaro em março deixa muito claro que eu apoio que o Brasil inicie o processo para se tornar membro pleno da OCDE. Os EUA apoiam essa declaração e apoiam Jair Bolsonaro”, escreveu Trump.
Leia a íntegra da nota da embaixada:
O que é a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico?
Visando uma maior integração junto aos países desenvolvidos na economia internacional, governo brasileiro tem demonstrado recentemente bastante interesse em ingressar na OCDE. E não apenas o atual. Esta pauta também é compartilhada com seus antecessores.
A OCDE é a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Trata-se de um grupo constituído por 35 países, cujo objetivo é alinhar e discutir estratégias econômicas que beneficiem as nações participantes. A organização internacional é responsável pela administração de mais de 342 milhões de euros.
Brasil e a OCDE
O Brasil coopera com a OCDE desde o início na década de 1990, mas nunca chegou a se tornar um membro efetivo do grupo. Apenas em julho de 2017, o país deu entrada no processo de ingresso na OCDE. Os motivos para isso são tanto políticos quanto econômicos. Isso porque a OCDE, que foi fundada em 1961, é, em suma, formada por países ricos e industrializados.
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni reuniu-se com o o secretrário-geral adjundo da OCDE, Ludger Schuknecht, e confirmou apoio dos EUA ao Brasil.
Entrada na OCDE pode trazer grau de investimento ao Brasil.
A participação na OCDE é um selo para os países de que são economias estáveis, de baixo risco, e mais propensos a receber investimento estrangeiro.
Reformas
O cientista político David Fleischer, nascido em Washington (capital dos EUA) e naturalizado brasileiro, está de acordo com análises positivas sobre a eventual entrada do Brasil na OCDE. “Os economistas estão certos quando dizem que vai ajudar ao Brasil recuperar o grau de investimento e atrair novos investimentos”.
Fleischer avalia que, independente da entrada na OCDE, os norte-americanos “estão prontos para investir”, mas antes esperam que o Brasil encontre equilíbrio fiscal e mudem o patamar de endividamento público. “A reforma da Previdência é chave”, destaca. “Isso vai abrir uma enxurrada de investimentos nacionais e internacionais”, prevê.
Antonio Alexandre, Magé/Online.com – Notícias