OMS decreta emergência internacional por causa do zika vírus

Até hoje, a OMS só havia tomado essa decisão em outros três casos: em 2009, com o H1N1 e em 2014, com o novo surto da pólio e com o ebola.

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A Organização Mundial da Saúde decretou, nesta segunda-feira (1º), estado de emergência internacional por causa da provável relação entre o zika vírus e a microcefalia.

A Organização Mundial da Saúde decidiu acabar com o suspense. Antecipou o anúncio, previsto para esta terça-feira (2). A diretora-geral da OMS aceitou a sugestão do Comitê de Emergência depois de uma reunião de cerca de cinco horas.

Dezoito especialistas se reuniram nesta segunda-feira (1°) via teleconferência. Entre eles, um brasileiro. O Dr. Pedro Vasconcelos, do Instituto Evandro Chagas, e pesquisadores dos Estados Unidos, da França e de El Salvador apresentaram informações que indicam a relação entre o zika e a malformação neurológica.

A Organização Mundial da Saúde insiste que a ligação entre o zika vírus e microcefalia ainda não foi provada. Mas, depois das críticas que recebeu pela resposta lenta diante da epidemia de Ebola, a OMS não quer perder mais tempo.

“Imaginem se esperamos até que as ligações sejam provadas cientificamente? Aí, as pessoas vão perguntar: por que não agiram antes?”, justificou.

Até hoje, a Organização Mundial da Saúde só havia tomado essa decisão em outros três casos. Em 2009, com a proliferação do H1N1, que começou pelo México e se espalhou; em 2014, com o novo surto da pólio; e no mesmo ano com o ebola, que matou mais de 11 mil pessoas no oeste da África.

Agora, as principais recomendações são para aumentar a vigilância e as pesquisas sobre as relações entre o zika e a microcefalia. Como medidas de precaução, a OMS pede esforços para controlar a propagação do vírus e orientações para a proteção da população, especialmente das grávidas.

A organização afirma também que não devem ser impostas restrições de viagem aos países onde o vírus é encontrado, como o Brasil. Chan aconselhou apenas que as grávidas que puderem adiem os planos de viagem para áreas onde o zika está presente. Se não tiver jeito, devem usar repelente e roupas adequadas.

Como cuidados a longo prazo, a OMS quer um avanço nas pesquisas para vacina, para um diagnóstico mais rápido e confiável e para o tratamento.

No Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou que a partir da próxima semana, passa a ser obrigatória a notificação dos casos de contaminação pelo zika vírus. Numa reunião entre a presidente Dilma Rousseff, ministros e representantes de 13 autarquias, ficou decidido também que funcionários serão treinados para que passem a ser multiplicadores, em seus prédios, da forma correta de combate ao mosquito Aedes aegypti.

Uma Medida Provisória publicada nesta segunda-feira (1º) no Diário Oficial permite que os agentes de saúde forcem a entrada em imóveis públicos ou particulares – mesmo que o dono não seja encontrado – para destruir focos do mosquito transmissor. O governo determinou também que as empreiteiras de obras públicas orientem os funcionários para impedir a criação de focos nos canteiros de obras.

MGT3
Fonte: O Globo

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