Linha Amarela volta a ter cobrança de pedágio a partir de 0h desta sexta-feira

A empresa de segurança que presta serviços para a Lamsa aumentou seu efetivo para auxiliar os trabalhos.

A cobrança de pedágio na Linha Amarela voltará a ser realizada a partir de 0h desta sexta-feira. A informação foi divulgada pela concessionária Lamsa em nota enviada à imprensa no fim da manhã desta terça. Inicialmente, a empresa havia informado que os trabalhos no local levariam cerca de 30 dias para serem concluídos, mas o prazo foi antecipado.

“A previsão inicial de retomada dos trabalhos em 30 dias se deveu ao cenário de destruição encontrado logo depois da depredação feita pela prefeitura. Após liberado o local, a concessionária pode constatar a extensão dos danos causados à praça de pedágio, incluindo cabines, câmeras, cancelas, luminárias, portas, estruturas em vidro, equipamentos eletrônicos e sistemas”, informa a Lamsa no texto.

De acordo com a concessionária, estão mobilizados em todo o país para ajudar nos trabalhos cerca de 100 funcionários do grupo Invepar, que é dono da Lamsa. Desde que a Justiça concedeu na última segunda-feira a liminar que permitiu à empresa voltar a cobrar pelo pedágio, equipes atuam 24 horas por dia no local.

Ritmo acelerado

A recuperação das cabines da Linha Amarela que foram totalmente destruídas pela prefeitura na noite de domingo está em ritmo acelerado. Nesta terça-feira, muitos vidros já tinham sido recolocados e câmeras e cancelas reinstaladas.

A empresa de segurança que presta serviços para a Lamsa aumentou seu efetivo para auxiliar os trabalhos e garantir a tranquilidade das equipes que atuam na recuperação das cabines. Os seguranças também garantem a mobilidade dos funcionários. Eles chegam a parar o trânsito para que os representantes da concessionária atravessem as pistas e se locomovam entre a sede da empresa e os locais de trabalho.

De passagem pelo local na manhã desta terça, alguns motoristas gritavam o nome do prefeito. Outros critivavam a Lamsa por causa do valor do pedágio. Muitos ainda se mostram surpresos com o que aconteceu no domingo à noite. O empresário Elson Mattos de Carvalho, de 43 anos, por exemplo, criticou a postura da prefeitura e disse achar que ela deveria aguardar decisões judiciais:

– Achei um absurdo, porque existem formas legais de conquistar o direito que a prefeitura está pleiteando na justiça. O nosso município está carente de tantas coisas, até de investimentos. Que empresas vão querer investir nesse município em que a prefeitura, que é o braço do povo para justamente trazer recursos, obter vantagens para a população, age dessa forma quebrando o pedágio? E quem vai arcar com os custos (da destruição das cabines) será a população. Poderia ter sido de uma forma legal, na justiça, esperando o tempo que se faz necessário para se conseguir o que a prefeitura está querendo – comentou Elson Mattos.

Já o motorista de aplicativo Mateus de Mello Soares, de 24 anos, disse ter achado um contrassenso do prefeito agir violentamente, já que Crivella pede à população para reivindicar suas questões de forma pacífica:

– Achei uma atitude errada. Acho que não deveria ter sido dessa forma, com violência. Ele mesmo fala que muitas atitudes em que o brasileiro quer reivindicar alguma coisa não deve ser com violência. Deve ser de forma pacífica. Então, ele já mostrou erradamente que não pensa mais assim. E quem vai pagar por isso tudo o que ele fez seremos nós. Ele quebrou e a gente vai pagar por um erro dele criticou Mateus.

Trabalhadora autônoma, Ana Clara dos Santos Silva, de 32 anos, lembrou que as ruas da cidade estão esburacadas:

Ele sendo cristão evangélico, defendendo toda a parte de paz, chegou com autoridade e botou a mão uma coisa que não é dele. Acho um absurdo porque as vias estão todas as buracadas e ninguém vai com trator para arrumá-las, como foi feito no domingo com retroescavadeiras no pedágio – lembrou ela.

Fonte: Jornal Extra

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