Beltrame vira alvo de ação sobre compra de armas e equipamentos para as polícias

Ex-secretário de Segurança Pública é investigado em licitação milionária firmada na gestão de Sérgio Cabral.

O ex-secretário de Segurança José Mariano Beltrame virou alvo de uma investigação da Delegacia Especial de Crimes Contra a Fazenda (Delfaz) sobre uma compra milionária de armas e equipamentos para as polícias Civil e Militar. Por causa da ação, Beltrame foi intimado a prestar esclarecimentos na tarde desta quarta-feira, na Delfaz, na Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte do Rio. O depoimento está marcado para às 14h.

O Ministério Público estadual (MPRJ) e a Polícia Civil identificaram irregularidades no contrato firmado para a licitação, na época em que Beltrame era secretário de Sérgio Cabral (2007 a 2014).

De acordo com apuração, Beltrame autorizou a compra de cerca de 1.500 carabinas Taurus FAMAE CT-30. O armamento foi empregado em larga escala substituindo a utilização de fuzis nos batalhões da Polícia Militar.

A carabina, que não dá rajadas e cujos disparos têm menor impacto, foi anunciada com o objetivo de diminuir os riscos de morte por bala perdida. As armas foram usadas na ocupação do Complexo do Alemão, em junho de 2007.

O armamento, no entanto, apresentou defeitos. O lote deveria ser devolvido às fábricas da Taurus, o que não aconteceu.

OUTRA INVESTIGAÇÃO

Em um segundo momento, Beltrame vai ter que prestar depoimento, também a Delfaz, sobre um outro processo em que ele é investigado sobre compra de viaturas e prestação de serviços de gestão de frotas e manutenção de veículos para a Polícia Militar.

O inquérito, da 24ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal do Ministério Público estadual (MPRJ), investiga possíveis práticas de crime licitatório contra a administração pública na época em que Beltrame foi secretário de Segurança Pública. Além dele, também são investigados o ex-chefe do Estado-Maior da Polícia Militar, Álvaro Rodrigues Garcia, e o ex-secretário da Casa Civil Regis Fichtner.

A ação civil pública, ajuizada pela Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital, investiga atos de improbidade administrativa de pessoas jurídicas e físicas.

Fonte: Jornal O Dia

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