Centro do Rio tem protesto contra aumento das tarifas de transportes

Seis carros e microônibus da PM se posicionaram na Cinelândia.

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O Centro do Rio recebe nesta sexta-feira (8) um protesto contra o aumento das tarifas no transporte público, que passaram a valer neste início de 2016. Antes das 17h, horário previsto para início da concentração, a escadaria da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, já estava ocupada. Havia muitos mascarados na passeata.

Por volta das 18h, os manifestantes deixaram a Cinelândia, interditaram a Evaristo da Veiga, e foram rumo à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Após 20 minutos, a Av. Presidente Antônio Carlos foi interditada.

Na página criada no Facebook para convocação do protesto, um texto destacava que “não há comando de ato, então, cada cidadão ou coletivo está convidado a se organizar para levar suas faixas e cartazes de indignação contra os abusos do governo”.

Nas escadarias, via-se uma bandeira com o símbolo do anarquismo, faixas identificando a Central Sindical e Popular (CSP), o Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e Região e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Identificados com camisetas, marcavam presença os coletivos RUA e Juntos. Uma faixa lembrava os protestos de junho de 2013, que foram iniciados também devido ao aumento das passagens de ônibus.

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Ativistas do coletivo “Vamos à Luta” distribuíam adesivos com a frase “R$ 3,80 é um roubo”.

Aumento de tarifas
A tarifa dos ônibus municipais do Rio foi reajustada no último dia 2, passando de R$ 3,40 para R$ 3,80. Os passageiros, no entanto, não verão o aumento se traduzir em mais conforto nas viagens, uma vez que a Prefeitura do Rio reduziu a meta de instalação de ar-condicionado nos ônibus pelas empresas: até o ano passado, a exigência era de que 100% da frota fosse refrigerada até o fim de 2016, mas agora esse número deve ser de 70% do total de veículos, segundo a Secretaria Municipal de Transportes.

No caso de barcas e trens também há aumentos já autorizados pela Agência Reguladora de Transportes do estado (Agetransp), que entrarão em vigor em fevereiro: a passagem das barcas passará de R$ 5 para R$ 5,60 a partir do dia 12 do próximo mês, enquanto o bilhete de trem sobe de R$ 3,30 para R$ 3,70  já no dia 2.

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Passageiros dos ônibus intermunicipais também sentem um peso maior no bolso, já que o Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) autorizou aumento da tarifa básica de R$ 3,15 para R$ 3,50. Com isso, o valor do Bilhete Único Intermunicipal, utilizado nas viagens de integração, será reajustado dos atuais R$ 5,90 para R$ 6,50.

O secretário estadual de transportes, Carlos Roberto Osório, anunciou que a passagem dosistema metroviário irá aumentar em abril. O reajuste ainda não foi calculado e, segundo Osório, está previsto no contrato de concessão.

Histórico de protestos
Os protestos contra aumentos de tarifas de transporte público ganharam vulto em junho de 2013, espalhando-se por diversas cidades do país. Inicialmente pacíficos, os atos rapidamente degringolaram para a violência, principalmente no Rio e em São Paulo, conforme atraíam mais gente (no dia 20 de junho, mais de 1,4 milhão de pessoas foram às ruas em mais de 130 cidades) e agregavam outras demandas: além de tarifas de transporte mais baixas, os manifestantes passaram a exigir também serviços públicos de melhor qualidade e a questionar gastos com grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Alguns dos manifestantes, que se destacaram pelo comportamento agressivo e a tática de buscar o confronto aberto com policiais que acompanhavam os atos, ficaram conhecidos como ‘black blocs’, em alusão às roupas pretas e máscaras. Apesar da reprovação popular aos atos de violência e vandalismo, os protestos surtiram efeito: em sequência, prefeitos de capitais como Manaus, Goiânia, Cuiabá, Recife, Porto Alegre e João Pessoa revogaram os reajustes.

A medida logo seria tomada também pelos prefeitos de outras capitais (Rio, São Paulo, Aracaju e Curitiba) e de cidades como Ribeirão Preto, Rio Claro e Limeira, todas em São Paulo, além de Campina Grande (PB).  No Rio Grande do Sul, o então governador Tarso Genro anunciou que os estudantes teriam passe livre no transporte intermunicipal.

MGT
Fonte: G1

 

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