Mesmo ferido, ele conseguiu sair do carro e pedir ajuda.
O comandante da UPP da Rocinha, comunidade localizada na Zona Sul do Rio, foi baleado no fim da noite desta quarta-feira durante uma tentativa de assalto. De acordo com informações de policiais do 18° BPM (Jacarepaguá), o capitão da PM Marcelo Alves foi atingido nas costas enquanto acompanhava uma amiga, também policial militar, em um carro particular. O crime aconteceu por volta das 22h30, no cruzamento entre a Estrada dos Bandeirantes e a Estrada Coronel Pedro Corrêa, em Curicica, na Zona Oeste da cidade, a cerca de 200 metros de uma estação do BRT.
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Mesmo ferido, ele conseguiu sair do carro e pedir ajuda a pedestres que passavam pelo local. A amiga, bastante assustada, correu tentando se proteger dos tiros. Marcelo foi socorrido e levado para o Hospital Barra D’or, onde chegou lúcido e passou por exames. O disparo não atingiu nenhum órgão vital, e o estado de saúde do capitão é estável.
De acordo com um amigo da família que pediu para não ser identificado, dois veículos abordaram o automóvel para praticar o assalto. Ainda não se sabe se Marcelo teria reagido ao assalto ou se os criminosos identificaram a vítima como policial militar.
Foi uma sorte. Os médicos estão espantados pelo fato do trajeto do projétil não ter encontrado nenhum órgão vital. Agora é torcer pela recuperação afirmou o amigo.
Marcelo ficará em observação no setor de terapia intensiva do Barra D’or. Ainda segundo o amigo, quando chegou à unidade, a vítima precisou ser sedada pelos médicos por estar agitada. A bala atravessou o corpo e ficou alojada no maxilar e, de acordo com o amigo, ainda deverá ser retirada.
Por volta de 00h30, duas viaturas do 23° BPM (Leblon), onde o militar era lotado antes de assumir a UPP, estavam no hospital. Familiares e amigos também acompanharam o atendimento na unidade médica. Ainda não há informações sobre os suspeitos do crime, nem de prisões.
O militar está no comando da UPP há cerca de cinco meses. Inaugurada em setembro de 2012, a unidade é responsável por atender a mais de 70 mil moradores da comunidade situada entre a Gávea e São Conrado. Ela é uma das UPPs a serem extintas, dando lugar a Companhias Destacadas, onde o modelo de polícia de proximidade adotado atualmente dará lugar ao policiamento focado em operações para combater a criminalidade.
Fonte: Jornal Extra