México diz que irá deportar alguns deles.
O governo dos Estados Unidos reabriu a passagem de San Ysidro, que liga San Diego à cidade mexicana de Tijuana, depois de manter o local fechado por algumas horas em consequência da tentativa de centenas de migrantes de pular a cerca de proteção.
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O presidente Donald Trump, porém, afirmou nesta segunda-feira (26) que pode fechá-la permanentemente se for necessário.
A reabertura da fronteira primeiro para pedestres e, depois, para veículos – aconteceu horas depois ter sido bloqueada depois de quase 500 migrantes vindos de países da América Central de tentarem atravessar em Tijuana a fronteira com os EUA.
Desesperados, os migrantes, que tinham saído de um abrigo onde estão quase 5 mil pessoas, subiram em uma das cercas na fronteira, o que surpreendeu os policiais mexicanos. O grupo de imigrantes desistiu da travessia depois que os guardas americanos usaram gás lacrimogêneo.

Ameaça de deportação
O governo mexicano anunciou que vai deportar aqueles que tentaram atravessar a fronteira “violentamente” e “ilegalmente”. O comunicado emitido diz ainda que não enviará forças militares à região, apesar do aumento das tensões. Segundo o governo, na fronteira estão 7.417 migrantes que chegaram em caravana.
Trump pediu que o México envie os imigrantes para seus países de avião, ônibus, “de qualquer jeito que vocês quiserem”. “Fecharemos a fronteira permanentemente, se necessário. Congresso, financia muro!”, declarou no Twitter.
As autoridades de Tijuana anunciaram a detenção de 24 hondurenhos, assim como de 15 mexicanos acusados de tentativa de agressão contra os migrantes.
Caravanas
Nos últimos dias, aumentou a tensão na fronteira entre os dois países. Em caravana, milhares de imigrantes vindos da América Central, como Honduras, Guatemala e El Salvador, tentam chegar aos EUA em uma tentativa de fugir da pobreza e da violência que assolam seus países.
Como resposta, o presidente dos EUA, Donald Trump, suspendeu por 90 dias a entrada de imigrantes pelo México e assinou uma ordem que impede a concessão de refúgio para quem entrar ilegalmente no país.
Apenas em setembro, os EUA barraram na fronteira cerca de 16.700 centro-americanos. O número recorde mostra tanto o aumento na chegada de migrantes quanto o endurecimento das medidas para detê-los.
Um trâmite de requerimento de asilo nos EUA pode durar mais de um ano devido à saturação do sistema judiciário americano – em outubro, as prisões atingiram a marca de 44.600 indocumentados, segundo a Deutsche Welle.
A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) na América Latina, Francesca Fontanini, pediu que a análise dos processos seja acelerada.
“Também precisa ser elevada a capacidade de resposta na fronteira norte dos Estados Unidos, porque agora, por meios regulares, não é suficiente para servir aqueles que certamente buscarão asilo de maneira regular”, disse.
Fonte: Portal G1
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