Brasil tem relações diplomáticas com Israel desde 1949.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comemorou na quinta-feira o anúncio feito pelo presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, de que pretende transferir a embaixada do país de Tel Aviv para Jerusalém, como já foi feito por Estados Unidos, Guatemala e Paraguai – embora este último já tenha voltado atrás.
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“Parabenizo meu amigo, o presidente brasileiro eleito, Jair Bolsonaro, pela intenção de transferir a embaixada para Jerusalém. É um passo histórico, correto e emocionante“, disse Netanyahu em mensagem divulgada por seu porta-voz.
Bolsonaro anunciou no Twitter, em entrevista ao jornal conservador “Israel Hayom” e depois em entrevista coletiva que manterá a promessa de campanha de mudar o local da embaixada, alegando que Israel “é um Estado soberano”.
Após a vitória de Bolsonaro nas eleições do último domingo, Netanyahu já o havia parabenizado por telefone, na segunda-feira, e o convidado a visitar Israel.

Caso se sacramente a troca da embaixada de cidade, a decisão marcaria uma ruptura em relação à tradição diplomática neutra mantida durante muitos anos pelo Brasil em relação ao conflito entre Israel e a Palestina. O país tem relações diplomáticas com Israel desde 1949 e, em 2010, reconheceu o Estado Palestino com as fronteiras de 1967.

Palestinos condenam transferência da embaixada de Brasil para Jerusalém
Os palestinos chamaram nesta sexta-feira de “provocação” a decisão do presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, de transferir de Tel Aviv para Jerusalém a embaixada do país em Israel.
“É uma medida de provocação, que é ilegal em virtude do direito internacional e que apenas desestabiliza a região”, afirmou à AFP Hanan Ashraui, membro do comitê executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
A questão da implementação das embaixadas em Israel é particularmente sensível.
O Estado judeu considera toda a cidade de Jerusalém como sua capital, enquanto os palestinos aspiram tornar Jerusalém Oriental a capital do seu futuro Estado.
Israel ocupa Jerusalém Oriental desde a guerra de 1967 e posteriormente a anexou, ato nunca reconhecido pela comunidade internacional.
Neste contexto, para a comunidade internacional, o status da Cidade Sagrada deve ser negociado por ambas as partes e as embaixadas não devem se estabelecer lá até que um acordo seja alcançado.

Fonte: Agência EFE – Brasil
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