Mas antes que as consequências disso sejam sentidas globalmente, algumas cidades estarão na linha de frente das mudanças.

Modelo criado por engenheiros da Nasa mostra que, quanto mais longe estão de uma massa de gelo, mais as cidades portuárias devem se preocupar com sua dissolução; entre as analisadas estão Belém, Recife e Rio
O derretimento acelerado de algumas das maiores geleiras do planeta do Ártico à Antártida aflige cientistas em todo o mundo há alguns anos. Afinal, a previsão é que o aquecimento global continue desintegrando as grandes massas de gelo do mundo, o que deve elevar o nível dos oceanos e transformar a Terra.

Mas antes que as consequências disso sejam sentidas globalmente, algumas cidades estarão na linha de frente das mudanças. Será que a sua precisa se preocupar?
Uma nova ferramenta desenvolvida por engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa tenta prever como 293 cidades portuárias do mundo – entre elas Rio de Janeiro, Recife e Belém – serão afetadas pelo derretimento de porções diferentes de todas as massas de gelo no mundo.
“A maioria dos modelos existentes é feita de um ponto de vista de alguém que está em cima do gelo, tentando entender como seu derretimento vai impactar o nível do mar em outro lugar do mundo”, explicou o físico e engenheiro mecânico Eric Larour, líder do projeto.

“Mas resolvemos pensar do ponto de vista de alguém que está numa cidade costeira, tentando entender como as áreas geladas ao redor do mundo podem mudar o aumento do nível do mar ali. Por isso tivemos que usar computação reversa.”
O estudo reafirmou o que os cientistas vêm dizendo há algum tempo – que o aumento do nível dos oceanos não será exatamente igual em todo o mundo.

Mas trouxe também uma informação surpreendente: não é o derretimento da geleira mais próxima de uma cidade que pode oferecer problemas – é justamente a mais distante.
Fonte: Exame
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