Um vizinho diz que viu ele sair com um saco preto de lixo de casa na noite de domingo.
Um homem identificado como Sandro, suspeito de sequestrar Thifany Nascimento de Almeida, de 11 anos, na Zona Norte do Rio, foi agredido na noite de segunda-feira por moradores da comunidade do Amarelinho, em Irajá, e entregue à polícia. De acordo com parentes da menina, o homem admite que a criança subiu na garupa de sua moto no domingo, mas afirma tê-la deixado na parte baixa da comunidade.
Policiais militares do 41ºBPM (Irajá) foram acionados e encontraram o homem amarrado e com lesões pelo corpo. Ele foi encaminhado para atendimento médico no Hospital Getúlio Vargas e, em seguida, apresentado na Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que investiga o desaparecimento de Thifany.
— Primeiro ele confessou participação no crime, depois começou a negar. Um vizinho diz que viu ele sair com um saco preto de lixo de casa na noite de domingo e, quando questionou o que ele fazia, ele teria dito que ia enterrar um cachorro. Estamos com medo que ele saia por falta de provas. Minha mulher está à base de remédios. Estamos desesperados — diz o comerciante Jorge Ferreira de Almeida, de 55 anos, pai de Thifany.
Nas redes sociais, circula a informação de que o corpo da menina teria sido encontrado em um rio próximo à comunidade. De acordo com a família, a informação é falsa. Thifany segue desaparecida, e parentes têm esperança de encontrá-la com vida.
O sequestro
Thifany brincava com uma coleguinha numa praça na comunidade do Amarelinho, quando um homem se aproximou e convenceu a garota a acompanhá-lo. Segundo a manicure Claudinéia da Silva Vasconcelos, de 41 anos, tia da garota, o pai de Thifany, Jorge, trabalha numa barraca de comida na praça e a filha brincava perto dele. Por volta do meio-dia, ele foi até sua casa e, quando voltou, minutos depois, não encontrou mais a garota.
Ainda de acordo com a manicure, o motoqueiro seguiu com Thifany para dentro do Amarelinho. Ele foi descrito pela amiguinha da garota como um homem branco e forte, que usava boné branco e tinha dois machucados num dos joelhos. A moto que pilotava era amarela e preta.
Quem tiver informações sobre o caso pode fazer contato com o Disque-Denúncia (21 2253-1177) ou a DDPA (21 2202-0338 e 21 2582-7129).