Nos últimos 12 meses, 40 coletivos saíram de circulação por ataques criminosos.
A Cidade Alta, em Cordovil, na Zona Norte do Rio, vive guerra entre facções rivais. No início da noite desta quinta-feira, traficantes incendiaram um ônibus na Avenida Brasil, perto de um dos acessos à favela. Mais tarde, outro coletivo foi atacado, segundo o Corpo de Bombeiros, na Rua do Porto Velho, a pouco mais de 500m da comunidade. Pouco depois, bandidos atearam fogo num terceiro coletivo, desta vez na Rua Ourique, no bairro Penha Circular.
Segundo a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), 144 veículos já sofreram ataques no estado do Rio desde 2014. Em 2016, já são 34 ônibus. Nos últimos 12 meses, 40 coletivos saíram de circulação por ataques criminosos. Com isso, o estado do Rio contabiliza um ônibus inutilizado a cada nove dias.
Disputa na Cidade Alta
A guerra na Cidade Alta começou quando integrantes da facção que dominava a favela decidiram mudar de lado e passaram para o bando rival. Sem aceitar o “golpe”, um bonde da maior facção criminosa do Rio se armou para retomar o controle do tráfico no local.
Na última quarta-feira, a Polícia Civil identificou quatro integrantes de um grupo que entrou na Cidade Alta um dia antes, quando a troca de facção foi consumada. Investigações da 38ª DP (Irajá) e Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) revelam que os invasores partiram de três favelas da região: Parada de Lucas, Vigário Geral e Para-Pedro.
Com eles, a polícia aprendeu um fuzil e cinco pistolas. Ontem, a polícia localizou um homem que foi baleado na Cidade Alta. Ferido na perna, ele procurou socorro médico no Hospital Moacir do Carmo, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
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