Candomblecista acusa motorista de ônibus de preconceito em São Gonçalo

Mulher de 23 anos diz que foi impedida de embarcar no coletivo e que foi chamada de ‘macumbeira’ pelo condutor.

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Uma jovem moradora de São Gonçalo passou por uma situação constrangedora. Fabiana Souza, 23 anos, afirma ter sido impedida de embarcar no coletivo da linha de ônibus 39 (Coroado-Marambaia) da Viação Tanguá, que circula pelo município de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, por causa de sua religião.

O caso ocorreu em 31 de agosto no bairro de Jardim Catarina, em São Gonçalo. Segundo um relato no Facebook, a moça queria pegar o ônibus que ia em direção a sua casa, mas foi impedida pois o motorista informou que não passava por lá. Ao descer do ônibus, a irmã de Fabiana ouviu o motorista dizer que “não levaria macumbeira”.

Recentemente, Fabiana foi iniciada no Candomblé e devido ao ritual da religião deve seguir algumas regras, por 90 dias, como andar com roupas brancas e fios de conta. A princípio a jovem não queria denunciar o caso, pois tinha medo de represálias. Mas foi encorajada pelo pai de santo Gilmar Hughes, coordenador da Comissão de Matrizes Africanas de São Gonçalo (Comasg).

“Ela está muito abalada. Porém decidiu denunciar pois se nos calarmos a cada situação como essa aonde vamos parar?”, questiona Gilmar.

O fato foi registrado na 72º DP (São Gonçalo). De acordo com a Viação Tanguá, o motorista apenas informou à passageira que o ônibus tinha outro itinerário, por ser de linha diferente.

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Fonte: O Dia

 

 

 

 

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