Estado atrasou repasses às empresas terceirizadas, que, por sua vez, suspenderam o pagamento dos funcionários.
Três semanas após o fim da greve dos professores da Faetec, as aulas ainda não voltaram ao ritmo normal. Isso porque, apesar de haver professores, as unidades não contam com os serviços de merenda, limpeza e segurança. Por causa da crise, o Estado atrasou repasses às empresas terceirizadas, que, por sua vez, suspenderam o pagamento dos funcionários — alguns estão há seis meses sem receber.
Nestas condições, os alunos não podem ficar na escola em horário integral porque não têm o quer comer; assaltos se tornaram frequentes nas unidades; e o mato e a sujeira tomaram conta dos espaços, chegando ao ponto de uma cobra ter sido flagrada dentro de sala, na unidade de Marechal Hermes, há três meses.
— A alegria do retorno se tornou em decepção para os alunos, pais e funcionários. Os sinais de abandono são visíveis por todos os lados — desabafa a servidora Andreia Rodrigues Pereira, de 44 anos, mãe de uma aluna do primeiro ano de Análise Clínica na Faetec de Marechal Hermes.
Os professores, que ficaram em greve durante quatro meses, se apressam para repor o conteúdo perdido.
— Temos 200 dias de aula pela frente. Mas os alunos da parte da manhã não podem fazer a reposição de aula no contraturno porque não têm o que comer — desabafa professor do Instituto Superior de Educação do Rio, mantido pela Faetec.
Em nota, a Faetec afirma que “quitou parcela importante da dívida com seus fornecedores”, e diz que o suprimento de merenda nas escolas “deverá ser normalizado nos próximos dias em todas as unidades”. Segundo a fundação, parte do pagamento dos salários atrasados dos terceirizados será efetivado esta semana. A Faetec esclarece ainda que elaborou um calendário de reposição de aulas.
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