França veta manifestação pela 1ª vez em mais de 50 anos

O último veto a uma manifestação pública na França havia ocorrido em 1962, na época da Guerra da Argélia.

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Pela primeira vez em mais de 50 anos, a polícia de Paris proibiu a realização de uma manifestação na cidade, tradicional reduto de protestos de todas as vertentes e tamanhos. Após ter obrigado os sindicatos franceses a realizarem um “protesto estático” ao invés de passeatas, o órgão suspendeu “por motivos de segurança” um ato contra a reforma trabalhista do presidente François Hollande que estava previsto para esta quinta-feira.

Nos últimos dias, o primeiro-ministro Manuel Valls já havia pedido para as entidades sindicais anularem o ato por causa da realização da Eurocopa 2016, mas a solicitação foi ignorada. O último veto a uma manifestação pública na França havia ocorrido em 1962, na época da Guerra da Argélia. Até a Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT), sindicato que se comprometeu a apoiar a reforma, criticou a proibição. Mesmo não aderindo ao protesto que estava programado para esta quinta, a entidade afirmou que é “indispensável” encontrar os meios para garantir as “mobilizações sindicais”.

O socialista Hollande ressaltou que a liberdade de greve e manifestação é um direito fundamental, mas acrescentou que é preciso evitar danos ao bem público e garantir a segurança das pessoas. “Quando não há essas condições, não podemos autorizar os atos”, disse. Nos protestos do último dia 14 de junho, Paris foi tomada por confrontos e episódios de violência que deixaram cerca de 30 feridos e um rastro de destruição na capital. Desde então se cogitava a hipótese de restringir manifestações sindicais na cidade. O principal álibi do governo é a Euro 2016, que tem concentrado as atenções da polícia, e o dispositivo antiterrorismo do país.

001Fonte: Veja

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