PREMIER FRANCÊS RENUNCIA E MACRON BUSCA SAÍDA DA TEMPESTADE

Menos de 30 dias após assumir, primeiro-ministro renuncia e aprofunda o isolamento de Emmanuel Macron.

O primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu, renunciou nesta segunda-feira (6), menos de um mês após assumir o cargo. O presidente Emmanuel Macron aceitou a demissão, confirmando oficialmente a crise política mais aguda enfrentada por seu governo desde o início do segundo mandato.

A decisão foi comunicada ao Palácio do Eliseu durante a manhã e confirmada por meio de nota oficial à imprensa. Lecornu justificou sua saída afirmando que “as condições políticas não estavam reunidas para conduzir o governo de forma eficaz”, em referência à falta de apoio parlamentar e à resistência dentro do próprio bloco centrista.

Crise política e impasse parlamentar
A queda relâmpago do premier ocorre menos de 30 dias após sua nomeação, marcada por duras críticas da oposição e até mesmo de aliados de Macron, que consideraram o novo gabinete “sem renovação e sem rumo político”.

Com a renúncia, Lecornu passa a ter o mandato mais curto da história da Quinta República Francesa, que vigora desde 1958. O gesto deixa o presidente isolado e sem maioria no Parlamento, em um cenário de impasse legislativo e desgaste público.

Fontes do Palácio do Eliseu admitem que Macron avalia três alternativas: nomear um novo primeiro-ministro, formar uma coalizão provisória ou convocar eleições legislativas antecipadas. Nenhuma decisão, no entanto, foi anunciada até o fechamento desta edição.

Reações e turbulência em Paris
Partidos de oposição reagiram imediatamente. A líder da extrema-direita, Marine Le Pen, afirmou que “Macron perdeu as rédeas da França” e defendeu a realização de novas eleições. Já representantes da esquerda apontaram o episódio como “o fim de um ciclo político” e pediram um governo de união nacional.

O clima em Paris é de incerteza. Nas ruas, o sentimento é de cansaço com a instabilidade política e com o impasse econômico que o país enfrenta desde o início do ano, agravado pela queda de popularidade do presidente e pela ausência de uma base sólida no Parlamento.

O que vem a seguir
O próximo passo será decisivo para Macron. A escolha de um novo primeiro-ministro poderá definir se o governo resistirá até 2027 ou se o presidente será obrigado a antecipar o fim de seu mandato.

Nos bastidores, nomes como Gérald Darmanin (ex-ministro do Interior) e Yaël Braun-Pivet (presidente da Assembleia Nacional) surgem como possíveis substitutos, embora nenhuma confirmação oficial tenha sido feita.

Analistas internacionais apontam que a França vive um momento de fragilidade institucional sem precedentes nas últimas décadas. “É o retrato de um sistema exaurido, onde a falta de consenso paralisou o país”, disse o cientista político Jean-François Dubois à rede France 24.

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