As investigações apontam um prejuízo superior a R$ 5 milhões, decorrente de superfaturamento.
A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União, realizam nesta quarta-feira (20), a ‘Operação Janus’ contra a suspeita de superfaturamento em compras emergenciais de equipamentos de combate à Covid-19 pela Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. As investigações apontam prejuízo de pelo menos R$ 5 milhões aos cofres públicos.
Os agentes cumprem 10 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e escritórios no Rio, Duque de Caxias e Bom Jardim, na Região Serrana. Um dos alvos da ação é o ex-secretário de Saúde de Caxias, José Carlos de Oliveira. A Justiça Federal também determinou o sequestro de bens e valores que somam mais de R$ 5 milhões.
Agentes estiveram na casa dele, uma mansão em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca.
A Justiça Federal também determinou o sequestro de bens e valores que somam mais de R$ 5 milhões.
Em um dos endereços visados, a PF apreendeu carros e relógios de luxo e 6 mil dólares (cerca de R$ 30 mil). Na Tijuca, a equipe encontrou um lagarto australiano, e a filha do alvo foi presa em flagrante.
A investigação da PF, iniciada em 2020, revelou irregularidades em processos de dispensa de licitações, que tratavam de compras emergenciais de equipamentos para combater a Covid.
PF mira suspeita de fraude em compra de equipamentos na pandemia pela Prefeitura de Duque de Caxias.
“Dentre as fraudes apuradas, se destaca o superfaturamento de contratações junto à Prefeitura de Duque de Caxias por intermédio de empresas de fachada, com a utilização de pessoas interpostas [laranjas] que serviriam também para ocultar a origem e destino dos valores obtidos ilicitamente”, afirmou a PF.
A Polícia Federal não detalhou os itens adquiridos no esquema. Além dos crimes licitatórios, os investigados responderão por associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.
“Janus é uma figura da mitologia romana, conhecida como o deus dos começos, escolhas, passagens e transições. Ele é frequentemente representado com duas faces”, explicou a PF.