O Climate Clock é usado por ativistas e cientistas do mundo.
O monumento ao Cristo Redentor receberá, neste sábado, o Climate Clock (ou “Relógio do clima”). Das 17h às 21h, quem for ao Corcovado poderá ver de perto a ação, feita mundialmente por ativistas e cientistas para alertar para a emergência climática. O Rio de Janeiro foi a capital brasileira escolhida para a iniciativa que chama atenção para o “orçamento de carbono”, que trata da quantidade de carbono que a população emite na atmosfera terrestre. E pela primeira vez o marcador apontará um prazo de menos de seis anos, tempo para a diminuição na quantidade de gases de efeito estufa para a atmosfera do planeta, que esquentará mais 1,5°C.
Devemos tomar medidas para reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa para zero o mais rápido possível. O tempo está literalmente encurtando por conta das emissões crescentes, enquanto os impactos climáticos estão cada vez mais fortes diz Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, que criou a iniciativa.
O Relógio do Clima é conhecido por sua representação de 24 metros na Union Square, em Nova York, Estados Unidos. Em cidades como Londres, Roma, Tóquio e Pequim, há outras réplicas de grande escala. A proposta é que o tempo marcado no relógio regrida até chegar a zero, que indica o tempo em que a probabilidade de impactos climáticos globais devastadores será altíssima.
De acordo com cientistas vinculados à ação, o Brasil pode adotar algumas medidas pela emergência climática, entre elas desmatamento zero nos biomas, saneamento básico para todos e economia circular.
Nesta semana, o site “Climate Central”, do Canadá, criou via Inteligência Artificial projeções de como ficariam pontos turísticos do Rio com o aumento da temperatura mundial de 1,5ºC, 2°C, 3°C e 4°C. Nas imagens, áreas como o Maracanã, na Zona Norte do Rio; o Copacabana Palace, em Copacabana, Zona Sul; e arredores de Botafogo, também na Zona Sul, aparecem com o nível do mar expressivamente mais elevado. As previsões foram feitas sobre fotos tiradas em 2015.
Se os países continuarem com o ritmo atual de emissão de poluentes, a Terra aquecerá mais 3ºC após 2030: “E se reduzirmos à metade a poluição até esta data, o aquecimento pararia perto de 1,5°C”. Segundo o instituto, essas são projeções científicas e apontam medidas que a população mundial podem adotar.