O ‘Transporte’ mageense e o colapso da relações institucional & empresarial.

Em tempo, na possibilidade de manifesto público, não poderíamos nos furtar de comentar os rumos pelos quais se estabelece uma crise do sagrado direito de ir e vir do cidadão. Diante do atual quadro instituído, na relação que aponta o atual desgaste dos transportes na cidade de Magé, O Magé-Online /RedeTV+, esclarece que recebemos o convite da atual gestão para participar do debate em torno do assunto que por tempos é sim uma pedra no calcanhar dos atores, cujos protagonistas, não conseguem estabelecer um ajuste equilibrado na relação simples de prestação de serviços, que envolve direitos e deveres, de uma relação que é contratual entre partes.

A César o que é de César
O trato com a coisa pública nesse momento, parece ir mais além que a tal simples relação bilateral, que envolve a Empresa Iluminada, testemunhada pela população na própria pele, estendida com um serviço deficitário de custo elevado, proporcionado com sucatas móvel, que por vezes atenta contra a vida dos cidadãos. O Poder Público municipal por sua vez, se contorce para dar fim ao imbróglio que é tutelado por inúmeros outros caminhos, via judicial, na própria manutenção da relação contratual de concessão estabelecida entre as partes e por fim como já testada, na busca de uma resolução em que se estabeleça o entendimento. É fato que através da Secretaria de Transportes, possibilitou esse entendimento, estabelecido a se saber, se envolveu além do aperto de mãos, um documento que prevaleça como prova material do acordo, elencados por retorno de todas as linhas regulares, melhorias de veículos, regularidade nos horários com contra partida subsidiada a Empresa pelo governo, cabendo a cada um o quinhão de direito e deveres.
Se por vez, uma das partes não atendendo os trâmites ajustados, cabe então buscar o dono do melhor direito, que se faz necessário com a devida urgência, porque a parte mais frágil, o cidadão, é o único prejudicado da agora deficitária relação, pagando um ônus incalculável a um direito promulgado inclusive pela Emenda Constitucional nº 90, que positivou expressamente no artigo 6º da Constituição Federal o direito ao “transporte” na categoria de direito social, ao lado e no mesmo dispositivo constitucional dos direitos à educação, à saúde, o trabalho, o lazer, à segurança, à previdência social.

A Imprensa como mediadora de conflitos
Nesse tópico, gostaria de trazer a luz da razão, uma referência a iniciativa do Poder Público: Ao convidar a Imprensa para discussão dos fatos em tela, entendi que foi aberta uma porta de entrada com proposta inclusiva dos gestores municipais de participação dos veículos de comunicação para reflexão dos fatos, o que nos torna mais um personagem fundamental na busca de resoluções possíveis dos problemas da cidade, um ato que classificaria como positivo e certeiro dessa gestão. A mediação pode ser contemplada por quaisquer órgão com capacidade de colaboração diante de conflitos, o processo consensual, onde o conciliador, sempre em posição imparcial, orienta as partes de forma ativa para chegar a um acordo.
Reclamamos quando não estamos a mesa, podemos reclamar por participar?
Como imprimi, o conflito ‘parece ir mais além que a tal simples relação bilateral‘, devemos estar atentos para as intervenções envolvendo politicagem e intervenções que afastem um desfecho plausível, senão em benefício da população. A população se manifesta legitimamente em busca de mudanças efetivas da prestação de serviço e o eco desse movimento chegou ao conhecimento do governo, que não se furta em responder ao clamor do povo, o Poder Executivo está presente.

Legislativo Emperrado
Quando evocamos o Poder Público, incluímos o Legislativo Municipal, que Iluminado como a Trel, descansa em berço esplêndido, debruçado nas obras estruturais da casa de leis, sob o comando presidencial megalomaníaco do vereador Valdeck Ferreira, que por vezes poderia em rara oportunidade, demonstrar sua “mania de grandeza,” colaborando com intervenções pontuais a favor da população, disponibilizando seu mandato a serviço dos eleitores que se dispuseram a depositar o sufrágio nas urnas na ilusão de serem representados exatamente nesses momentos de agonia cidadã. Injustiças a parte, a Estrada Nova de Mauá, distrito que parece se ajustar para ‘Independência ou Morte,’ já cabe bem nos parâmetros megalomaníaco do vereador, que em detrimento de ruas esburacadas e lameadas, contempla a via que dirige o cidadão ao vexatório ingresso ao terror do distrito abandonado. A verdadeira obra para Inglês ver!
Imprensa sendo Imprensa
Quanto a minha humilde participação colaborativa, como representante da Imprensa, reitero minha gratidão pelo convite ao mesmo tempo que me desculpo pela falta da presença, motivada por compromisso na Capital do Estado em horário simultâneo. Que nossa Magé siga com entusiasmo de pessoas do bem e que juntos, Poder Público, Imprensa, judiciário de demais instituições, possam de certa forma se inserir nessa empreitada com objetivo de evoluir a terra que amamos.
O jornalismo nunca será uma atividade morna a menos que já esteja morto. É sua premissa aquecer o pensamento com a possibilidade de incendiar o debate porque a imprensa é também uma mediadora de ideias e conflitos. A sociedade só se transforma quando encara suas feridas, por mais feias que sejam. É isso ou acabaremos todos anestesiados “lendo” emojis nas redes sociais.

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