Último documento necessário para o início da operação foi assinado nesta semana.
O ministro dos transportes, Renan Filho, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a concessionária VLI, a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Amigos do Trem e as prefeituras de Três Rios e Sapucaia assinaram o contrato que possibilita a ligação ferroviária entre os estados. Com previsão para ser inaugurado em junho do próximo ano, o trem turístico que vai ligar Rio de Janeiro a Minas Gerais passará por três municípios da Zona da Mata, com capacidade para transportar até 837 passageiros por viagem.
A Amigos do Trem cuidará da operação. A entidade existe há quase 22 anos, fundada por Paulo Henrique do Nascimento, que em 2016 desenvolveu a ideia de ligar o Rio a Minas através de trilhos. Em 2016, ele recebeu R$ 1 milhão de doação de Josemo Correa, criador do grupo empresarial Mil. Com esse recurso, comprou 15 carros de passageiros e seis locomotivas. Parte dessas máquinas será usada quando o primeiro trecho estiver pronto.
Atualmente, a Amigos do Trem é comandada pela sobrinha de Paulo, Cyntia Nascimento, que se declarou muito feliz com a assinatura do documento. “Depois de anos de trabalho, estamos vendo esse sonho ser realizado“, declarou.
O Trem Rio-Minas vai percorrer oito cidades. Serão, aproximadamente, 300 mil pessoas atendidas diretamente pelo projeto e 12 milhões de pessoas na área de influencia do trecho. A capacidade é de 873 turistas por viagem, 20,952 turistas por mês e 251.424 turistas por ano.
As cidades pelas quais o Trem Rio-Minas vai passar são: Três Rios e Sapucaia, no estado do Rio de Janeiro. Leopoldina, Recreio, Volta Grande, Além Paraíba e Chiador, e Cataguases, em Minas Gerais.
O trajeto inicial será Três Rios (RJ), Chiador (MG) e Sapucaia (RJ). Totalizando 37km.
“É uma região belíssima, com um grande potencial turístico. O Brasil precisa valorizar essa vocação, tão importante para a economia nacional. Três Rios, Sapucaia e todas as cidades entre elas se beneficiarão muito do trem turístico”, ressalta o deputado federal Max Lemos (PDT/RJ), responsável por ajudar o projeto do papel.