É claro que os tiroteios não vão parar de uma hora para outra minimizou, dizendo que as ações não vão gerar “milagres”.
Após se reunir com o comando da intervenção federal na segurança do Rio para um balanço sobre os seis primeiros meses da ação, o presidente Michel Temer não poupou elogios à ação das forças federais no estado. Mesmo com o aumento de diversos índices criminais, como os homicídios dolosos, Temer afirmou que os números são “extraordinários”.
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Nesses três ou quatro meses (de ações concretas) os índices de combate à criminalidade são extraordinários afirmou, citando um aumento nas prisões e apreensões de drogas.
Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), índices de crimes importantes tiveram crescimento em julho, em comparação ao mesmo período de 2017. O número de homicídios dolosos cresceu 9%, enquanto as mortes em confronto com as polícias tiveram um aumento de 105%. Por outro lado, houve redução de 29% nos roubos de veículos, e 19% nos roubos de carga.
Temer esteve na reunião acompanhado pelos ministros Carlos Marun, da Secretaria de Governo, Torquato Jardim, da Justiça, e Joaquim Silva e Luna, da Defesa. Também participaram do encontro o governador Luiz Fernando Pezão, o prefeito Marcelo Crivella e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, André Ceciliano. Para Temer, não há nenhum arrependimento em ter decretado a intervenção federal, em fevereiro.
Nós da área federal estamos satisfeitíssimos por ter decretado a intervenção garantiu.
O general de brigada Antônio Manoel de Barros, comandante do Comando Conjunto de Operações da Intervenção Federal – setor responsável pelas ações que envolvem diretamente às forças armadas rebateu críticas sobre o fato da intervenção não ter conseguido reduzir os confrontos no estado. Dados do aplicativo Fogo Cruzado mostram que nos primeiros seis meses da intervenção houve pelo menos 4.895 tiroteios, 59,7% a mais do que o registrado no mesmo período de 2017.
O Rio de Janeiro está em uma situação de anormalidade, é por isso que estamos todos aqui juntos. É claro que os tiroteios não vão parar de uma hora para outra minimizou, dizendo que as ações não vão gerar “milagres”.
O general ainda negou que as trocas de tiros e o aumento de vários índices criminais seja a causa da sensação de insegurança da população fluminense. Ele insinuou que o problema é resultado da cobertura da imprensa:
Os índices estão caindo. Se a sensação não melhora é porque alguém não está fazendo o papel de informar, e aí nós temos que questionar isso. A plenitude de sensação de segurança é algo muito duro, que tem que ser trabalhado.
Fonte: Jornal Extra
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