Curativo com látex natural e luz de LED acelera a cicatrização do pé diabético, responsável por cerca de 50 mil amputações por ano no país.

A Universidade de Brasília (UnB) desenvolveu uma tecnologia inovadora que pode representar um avanço significativo no tratamento de feridas causadas pelo diabetes. Batizada de Rapha, a solução combina um curativo produzido a partir de látex natural com a aplicação de luzes de LED, promovendo a regeneração dos tecidos e acelerando o processo de cicatrização em pacientes com pé diabético.
De acordo com dados da área da saúde, o pé diabético é uma das principais complicações da doença e responde por aproximadamente 50 mil amputações anuais no Brasil. A proposta da tecnologia é atuar diretamente na recuperação das feridas crônicas, reduzindo infecções, inflamações e o risco de procedimentos cirúrgicos irreversíveis.
O curativo de látex funciona como uma matriz bioativa, estimulando a formação de novos vasos sanguíneos e tecidos, enquanto a fototerapia por LED potencializa a cicatrização celular. O método se destaca por ser minimamente invasivo, de baixo custo e com grande potencial de aplicação no Sistema Único de Saúde (SUS).
Pesquisadores da UnB ressaltam que a tecnologia pode transformar o cuidado com pacientes diabéticos, especialmente em regiões com acesso limitado a tratamentos especializados. Além de preservar membros e melhorar a qualidade de vida, o Rapha também pode gerar impacto positivo na redução de custos hospitalares e no tempo de internação.
A expectativa é que, com a ampliação dos estudos clínicos e a incorporação da tecnologia às redes de saúde, o Brasil avance no enfrentamento de uma das consequências mais graves do diabetes, colocando a ciência nacional na linha de frente da inovação em saúde pública.

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