O material teria sido trazido pela maré e, segundo especialistas, pode ser oriundo da Lagoa de Iriry, em Rio das Ostras.
Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) realizaram, na tarde desta quarta-feira (20/11), uma vistoria na Praia de Tamoios, localizada em Cabo Frio, e identificaram a presença de grandes quantidades de plantas aquáticas, conhecidas como gigogas, espalhadas pela faixa de areia. O material teria sido trazido pela maré e, segundo especialistas, pode ser oriundo da Lagoa de Iriry, em Rio das Ostras.
O fenômeno, considerado atípico, chamou a atenção de frequentadores da praia e levantou preocupações quanto aos impactos ambientais e à qualidade da balneabilidade da região. Após a inspeção, o Inea informou que irá solicitar à Prefeitura de Cabo Frio o recolhimento imediato das gigogas e a destinação ambiental adequada dos resíduos. Além disso, o instituto destacou que seguirá monitorando a área para avaliar se há necessidade de novas intervenções.
As gigogas, frequentemente encontradas em lagoas e corpos d’água de baixa movimentação, são plantas aquáticas que, em condições de desequilíbrio ambiental, podem se reproduzir de forma acelerada. O transporte delas até a Praia de Tamoios pela maré é um indicativo de que as correntes marítimas podem estar alterando o fluxo normal de detritos entre as regiões. Segundo os técnicos, o volume de gigogas pode ser resultado de despejos inadequados de esgoto e nutrientes, que favorecem a proliferação descontrolada dessas plantas.
Em nota, o Inea reforçou a importância de uma ação integrada entre os municípios para controlar a origem do problema. A Prefeitura de Cabo Frio ainda não se manifestou oficialmente sobre as medidas que serão tomadas, mas moradores e ambientalistas cobram celeridade para evitar que a situação se agrave.
A Praia de Tamoios, uma das mais procuradas por turistas na alta temporada, é também uma área importante para a comunidade local, que depende do turismo para movimentar a economia. O acúmulo de gigogas não apenas compromete a experiência dos visitantes, como também pode trazer problemas de saúde pública, caso o recolhimento não seja feito de maneira adequada.