TCE‐RJ SUGERE REPROVAÇÃO DAS CONTAS DE 12 DAS 13 CIDADES DA REGIÃO METROPOLITANA

Somente Guapimirim teve parecer favorável entre os 13 municípios analisados pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

O corpo técnico do TCE-RJ recomendou, nesta segunda-feira (20), a rejeição das contas de 2024 de 12 dos 13 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro até então analisados.  O único município que recebeu parecer técnico favorável foi Guapimirim. 

Segundo o relatório, os municípios avaliados representam uma amostra de 13 dos 22 que compõem a região metropolitana – as demais terão análises posteriores.  Vale destacar que a capital, Cidade do Rio de Janeiro, não está incluída na avaliação porque possui tribunal próprio. Principais constatações

  • Em 12 dos 13 municípios analisados, o corpo técnico do tribunal apontou irregularidades graves que levaram à sugestão de reprovação: déficits orçamentários, descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, investimentos insuficientes em saúde e educação e regime previdenciário fragilizado. 

  • Exemplos: Duque de Caxias apresentou déficit estimado em R$ 248 milhões; Nova Iguaçu ultrapassou R$ 100 milhões; Nilópolis e Japeri registraram déficits de R$ 81 milhões e R$ 50 milhões, respectivamente. 

  • Também foram identificados aumentos de despesas com pessoal ao final de mandato em municípios como Niterói e fragilidades no regime previdenciário em São Gonçalo, Mesquita e Queimados. 

  • Apenas Guapimirim recebeu parecer favorável até o momento.

O que acontece agora

Com a recomendação técnica enviada pelo TCE-RJ, cabe às Câmaras Municipais de cada um desses municípios julgarem a aprovação ou rejeição definitiva das contas. As prefeituras têm prazo para apresentação de defesa, após a qual os conselheiros do tribunal decidirão sobre o parecer final. 

Impactos políticos e sociais

A sugestão de reprovação em massa revela uma crise de governança fiscal na região metropolitana, onde municípios enfrentam dificuldades estruturais para cumprir obrigações como saúde, educação e previdência. A rejeição das contas pode gerar sanções, impedimentos de contratação e transferências de recursos, além de desgaste político para prefeitos e vereadores.

Por que isso importa

  • A Região Metropolitana abriga milhões de habitantes e é motor econômico e social do Estado do Rio de Janeiro.

  • A saúde da gestão fiscal municipal afeta diretamente serviços públicos que impactam a vida cotidiana: hospitais, escolas, transporte, saneamento.

  • O resultado reforça alertas de órgãos de controle sobre eficiência dos municípios em cumprir normas de transparência e responsabilidade pública.

Próximos passo

  • Monitorar quais serão os dois municípios ainda não analisados e quando suas contas serão avaliadas.

  • Acompanhar as defesas dos municípios com parecer sugestivo de reprovação e o resultado das votações nas Câmaras.

  • Verificar quais sanções ou medidas poderão ser adotadas em casos de rejeição definitiva das contas.

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